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Cinema

 
 

Padres franceses ajudaram em "A Paixão de Cristo"

27 de fevereiro de 2004 09h24

Dois sacerdotes franceses de trajetória atípica, os padres Michel Debourges e Jean Charles-Roux, assistiram espiritualmente o ator e diretor australiano Mel Gibson durante as filmagens na Itália de A Paixão de Cristo, seu controvertido filme que fala das últimas horas de vida de Jesus.

O abade Michel Debourges, de 82 anos, sacerdote do Instituto do Cristo Rei Sumo Sacerdote, uma "sociedade apostólica" tradicionalista, celebrou todos os dias uma missa em latim para o diretor durante as filmagens das cenas externas em Matera (sul da Itália).

"Mel Gibson é um homem de profunda fé", disse o religioso, que foi ator e se ordenou sacerdote em 1995. Ele conta que, após cada tomada, Mel Gibson o chamava para que visse as imagens e desse sua opinião sobre a exatidão dos fatos.

Em forma de agradecimento, o diretor lhe deu de presente uma mala "de grande valor" com tudo o necessário para celebrar a Eucaristia, contou seu amigo Daniel Hamiche, autor do livro A Paixão de Mel Gibson de A a Z.

O padre Jean-Charles-Roux, de 88 anos, substituiu o abade Debourges, durante as filmagens nos estúdios Cinecitta, em Roma. Morador da capital italiana e considerado "excêntrico" por quem o conhece, ele é irmão do escritor esquerdista francês Edmonde Charles-Roux. Seu pai, François Charles-Roux, foi embaixador da França no Vaticano nos anos 30.

O velho sacerdote também celebrava para Mel Gibson "a missa de sempre", em latim e segundo o rito anterior ao Vaticano II. O eclesiástico disse ter ficado impressionado pelo catolicismo do cineasta.

AFP
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