PUBLICIDADE

Leonardo Medeiros fala húngaro em filme e diz que parece poesia

20 mai 2009 - 13h17
(atualizado em 27/1/2011 às 21h11)
Compartilhar

Leonardo Medeiros, ator que vive o ghost-writer José Costa no filme

Leonardo Medeiros aparece em grande parte das cenas de 'Budapeste' falando húngaro.
Leonardo Medeiros aparece em grande parte das cenas de 'Budapeste' falando húngaro.
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Budapeste

, aparece em grande parte das cenas do longa falando húngaro. Em entrevista ao

Terra

, ele contou a experiência de aprender, ou pelo menos tentar aprender a nova língua. "Em duas semanas de aula me dei conta que nunca aprenderia húngaro na vida", brincou o ator. "Então me propus a fazer um mergulho nas falas do personagem e percebi que o idioma parece poesia".

» Veja fotos do elenco

» Veja fotos de Budapeste

» Antonelli e Paola aparecem nuas em 'Budapeste'
» Confira o making of de Budapeste

Medeiros se saiu tão bem decorando as falas que cativou os colegas. "Era encantador ver o Leo falando coisas sem entender o que estava dizendo", disse Walter Carvalho, diretor do longa. "Ele deu o seu melhor e foi perfeito", elogiou a atriz húngara Gabriella Hámori, seu par romântico no filme.

No filme, adaptação do livro homônimo de Chico Buarque, Medeiros vive um escritor entediado com seu ofício e que encontra na Hungria sua válvula de escape. Em sua primeira passagem pelo país, ele se apaixona pelo idioma. Depois, cai de amores pela mulher que lhe ensina o húngaro, Kriska, papel de Gabriella Hámori.

Confira a entrevista com o ator:

Como foi aprender húngaro?

Em duas semanas de aula percebi que nunca iria aprender. Não há nenhum parâmetro com a nossa língua. As construções são todas invertidas e, às vezes, fala-se uma frase inteira com uma única palavra.

Você tem vontade de continuar estudando húngaro?

Vontade eu tenho, só não tenho a vida inteira para dedicar ao idioma. Eu teria que estudar seriamente e isso demanda muito tempo.

Você só conheceu a atriz Gabriella Hámori no set de filmagem gravando a cena em que os personagens de vocês dois se encontram pela primeira vez. Como foi isso?O

No começo eu achei que tinha uma mística exagerada em torno desse primeiro encontro. Mas as cenas ficaram com um caráter e um frescor difíceis de se ver no cinema. Foi um tipo de exercício que é fundamental para os atores. Queria fazer isso sempre.

Quanto tempo você ficou em Budapeste e o que achou da cidade?

Foram quatro semanas de gravação e uma de preparação. Budapeste é uma cidade bem menor que São Paulo, mas tem tantos teatros quanto a cidade paulista. Budapeste tem uma vida cultural incrível. E o mais impressionante é que as pessoas vão ao teatro. Incrível! (risos)

Você disse no making of do filme que se identificou com o personagem. Quando leu o livro você sentiu essa identificação?

Senti muito. Meu trabalho é muito interiorizado. Eu sou um ator que trabalha muito de dentro para fora e senti que esse personagem era exatamente isso. Todo o universo dele são as coisas que ele escreve. Mas, ao mesmo tempo em que eu me identifiquei com esse personagem, ele foi bem difícil de fazer.

Você já conhecia o Chico Buarque? Como foi atuar com ele na cena final em que ele pede um autógrafo ao seu personagem?

Eu já o conhecia e fazer a cena foi ótimo. Ele é uma pessoa boa praça, não tem aquele ar: 'oh, Chico Buarque'. E ele também se divertiu falando húngaro.

Esse trabalho é um marco na sua carreira?

Sim, sem dúvida.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade