PUBLICIDADE

Paulínia: aos poucos, público desiste do último documentário

14 jul 2011 - 00h38
(atualizado às 01h02)
Compartilhar
Juliana Ranciaro
Direto de Paulínia

Em menos de 20 minutos passados do documentário À Margem do Xingu - Vozes Não Consideradas, o que se viu foram pessoas levantando apressadamente e deixando o auditório do Theatro Municipal de Paulínia. Ao que tudo indica, o último filme do gênero exibido no festival de cinema deste ano não agradou.

» Alugue ou Compre Vídeos no Terra Video Store

A proposta do diretor espanhol Damià Puig era fazer uma viagem pelo rio Xingu, da região de Altamira, na Amazônia, e encontrar pessoas que serão atingidas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, entre relatos de ribeirinhos, indígenas e agricultores.

Já tomando um café do no hall do espaço, Clarice Sousa, 34 anos, antropóloga de São Paulo opinou: "o documentário é muito tendencioso. Tenho a impressão de que aquelas histórias estão ali soltas, somente para criticar a tal construção, mas não há contexto". Ela ainda comentou sobre uma cena em que um grupo aparece jogando carteado e bebendo em uma mesa de bar, sendo que essas pessoas são aquelas que concordam com a hidrelétrica.

César Mendes, 45, professor de geografia no Paraná também falou: "é complicado um espanhol fazer um filme desses, sobre uma questão que mal os brasileiros sabem, um recorte tão específico. Ficou distante, como era previsto". Mas ponderou: "bom, ao menos levantou o tema".

Objetivo do diretor no documentário foi encontrar pessoas que serão atingidas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte
Objetivo do diretor no documentário foi encontrar pessoas que serão atingidas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte
Foto: Mario Miranda/Agência Foto / Divulgação
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade