Novo 'Missão Impossível' tem ação, troca de socos e toque de comédia
- Diego Marcel
- Direto do Rio de Janeiro
Logo na primeira cena, Missão: Impossível - Protocolo Fantasma, que chega aos cinemas no dia 21 de dezembro, mostra o que de melhor o fã vai acompanhar durante a obra: ação, com trocas de socos, golpes extraordinários, saltos e movimentos arriscados, com um toque de comédia, liderado por Simom Pegg e seu personagem, o nerd que conseguiu, de alguma maneira, estar em campo, Benji Dunn.
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A história do filme não é original, pelo contrário. A paz mundial está ameaçada por um terrorista que quer usar o potencial atômico de Estados Unidos e Rússia para, de sua forma torta, conseguir uma paz absoluta no final. Cabe ao agente secreto americano Ethan Hunt (Tom Cruise) impedir o vilão.
A diferença desta vez é que o agente não conta com os recursos da agência secreta americana, pela culpa de um atentado à Rússia recair sobre ele e sua equipe. Hunt tem "apenas" a ajuda de Jane Carter (Paula Patton), William Brandt (Jeremy Renner) e Benji. Isso faz com que ele tenha que improvisar, ao invés de usar tecnologia de ponta para se virar, o que traz um elemento diferente para a obra.
O quarto título da série de filmes inspirada no seriado de ação que estreou na década de 1960 foi dirigido por Brad Bird, que nunca tinha trabalhado uma obra desta magnitude com atores reais, apesar de ter em seu currículo as animações Ratatouille, Os Incríveis e o clássico O Gigante de Ferro. O trabalho de Bird pode ser claramente observado. Ele explora bem as cenas de ação que têm altura, fogo, explosões e as de luta contam com uma velocidade que as deixa mais excitantes.
Também como um astro à parte está o gigante Burj Khalifa, prédio no Emirados que é o mais alto do mundo, com 828 metros. É lá que acontecem as melhores cenas do filme, e essenciais para o desenrolar da história. Entre as passagens que marcam a obra, está a que Tom Cruise é obrigado a escalar andares do prédio por fora, para acessar a rede de computadores do local. Após subir em uma escalada sofrida, ele desce em uma corrida vertical e finaliza com um salto acrobático. Filmagem arriscada estrelada pelo próprio ator, que dispensou dublês. Além de tudo isso, as imagens de cima para baixo do topo do edifício são de tirar o fôlego.
O lado negativo fica para os personagens pouco explorados. Sidorov (Vladimir Mashkov), um agente russo que acredita que Hunt é mesmo culpado pelo ataque ao seu país pouco aparece, e quando está lá, é para apanhar. O vilão Hendricks (Michael Nyqvist) não tem tempo nem de contar seu lado da história, quem assiste ao filme não consegue simpatizar, pegar birra ou entender direito suas motivações. O mesmo acontece com seu capanga, Wistrom (Samuli Edelmann), que não se sabe se ajuda o chefe por dinheiro, adoração, por acreditar na causa, etc.
Mas, acima de tudo, para gostar do filme, o fã deve ir ao cinema com o espírito certo. Não vale questionar ou ficar naquela: "ah, claro, essa arma apareceu aí do nada.", "Ele resistiu a essa queda?", "o cara enfrenta dez seguranças sem tomar um soco agora sofre pra bater nesse cara?" etc. Missão: Impossível - Protocolo Fantasma é um filme para impressionar, mas quem está sentado na frente da tela tem que estar disposto a ser impressionado.
