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Sombrio para crianças, 'Branca de Neve e o Caçador' busca seu público

31 mai 2012 - 11h53
(atualizado às 12h07)
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Juliana Ranciaro

O que é essencial na clássica história de A Branca de Neve? Anões, um espelho, uma princesa bela e com coração puro, uma bruxa má, uma maçã envenenada e um príncipe. Pois é, Branca de Neve e o Caçador, nova releitura do clássico conto dos irmãos Grimm e do consequente filme da Disney de 1937, tem tudo isso, mas mesmo assim pode ser considerada a versão mais distante da história que encantou gerações e gerações de crianças.

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Na trama de Rupert Sanders, as diferenças começam com os protagonistas: são oitos anões, e com nomes inspirados em imperadores romanos; o espelho não reflete nada e é um objeto redondo e dourado; a princesa continua bela e com um coração puro, mas desta vez é uma guerreira; e não é o beijo do príncipe que salva a princesa da morte.

Na tentativa de ser sombrio, o novo longa adapta o conto de fadas para um cenário de Idade Média. A rainha má e bruxa Ravenna, interpretada por Charlize Theron, planeja conquistar o reino da Inglaterra, mas para isso precisa consumir o coração da bela Branca de Neve, da atriz Kristen Stewart (famosa pela saga Crepúsculo), para assim atingir a imortalidade e a beleza máxima. Voltando às semelhanças: Ravenna chegou ao trono depois de se casar com o pai de Branca de Neve, e que ela mesma matou.

A fim de impedir que a heroína roube seu trono e seu posto de "a mais bela", Ravenna contrata um caçador, Eric, vivido por Chris Hemsworth (famoso pelo personagem Thor), para achar a princesa, que fugiu para a Floresta Negra. Em troca, Ravenna promete trazer de volta à vida a mulher do caçador. Mas, as coisas fogem de seu controle quando Eric simpatiza com Branca de Neve e resolve ajudá-la a fugir da rainha.

Há ainda um príncipe (Sam Claflin), desta vez quase um figurante da trama central. É verdade que ele e a princesa têm uma ligação e também é verdade que ele luta ao lado dela contra as maldades da madrasta, mas sua participação para por aí e ele fica alheio, é quase um espectador da história central, que como o nome já diz, retrata Branca de Neve e o Caçador.

Os dois pontos altos ficam a cargo dos personagens e interpretações de Hemsworth e Theron. O primeiro se destaca com o lado ora machão, ora sensível e com algumas tiradas boas. Já Theron está bem no papel, tem pulso para a personagem, e faz caras e bocas como ninguém. Com muito talento, ela estará nas telonas para provar mais uma vez que os vilões podem ser o grande trunfo de uma trama.

Kristen Stewart, por sua vez, é quase a mesma que vemos na saga Crepúsculo, principalmente nas cenas de ação e nos olhares em que tenta passar alguma emoção. Espertos, diretor e produção nem tentaram forçar a interpretação dramática da atriz e deixaram que ela ficasse ofuscada pelos trabalhos de Theron e Hemsworth. Para Kristen, basta ser a protagonista.

O maior problema, porém, será encontrar seu público ideal. Branca de Neve o Caçador possui um lado muito mais sombrio do que a fábula original. De forma aventureira, o longa ressalta os mesmos valores de justiça, respeito e igualdade, mas que colocados nesses cenários da narrativa ficam em segundo plano para os adultos. A esperança pode estar nos adolescentes fãs de Kristen e de seu trabalho ao lado de Robert Pattinson e Taylor Lautner.

A Branca de Neve e o Caçador chega aos cinemas do Brasil nesta sexta-feira (1º).

'Branca de Neve e o Caçador' pode ser considerada a versão mais distante dos contos de fada e do clássico Disney de 1937
'Branca de Neve e o Caçador' pode ser considerada a versão mais distante dos contos de fada e do clássico Disney de 1937
Foto: Paramount / Divulgação
Fonte: Terra
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