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"Um Divã para Dois", com Meryl Streep, aborda sexo na meia-idade

10 ago 2012 - 11h38
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Por Sabrina Ford

NOVA YORK, 10 Ago (Reuters) - Em "Kramer Versus Kramer" (1979), a personagem de Meryl Streep saía de um casamento infeliz. Mais de 30 anos depois, em "Um Divã Para Dois", ela interpreta uma mulher de meia-idade que luta para salvar um relacionamento onde falta sexo.

Essa comédia dramática reúne pela primeira vez Streep, de 63 anos, e Tommy Lee Jones, de 65, como um casal envolvido em um relacionamento morno -a ponto de, no aniversário de 31 anos de casados, eles se darem de presente assinaturas de TV a cabo.

Para tentar mudar isso, Kay (Streep) convence o relutante Arnold (Jones) a participar de um retiro de uma semana com um especialista em relacionamentos conjugais, vivido por Steve Carell (da série "The Office"). Os três se sentaram para uma conversa com a Reuters.

"Você se aclimata, e acho que as pessoas perdem a fé em si mesmas. Você sente os seus próprios limites conforme o tempo passa, e é legal ter outra pessoa em quem colocar a culpa", disse Streep, comentando a relação dos protagonistas.

Jones, conhecido por seu humor seco em filmes como os da série "Men in Black", disse: "As pessoas ficam entediadas. E preguiçosas. Elas procuram alguém para culpar."

O filme, lançado nesta semana nos EUA, explora o território do "romance para quem passou dos 50", já percorrido por Streep na comédia "Simplesmente Complicado" (2009).

Ganhadora de três Oscar de melhor atriz, Streep disse que "Um Divã Para Dois" se destina a um público maduro e inteligente, que "não responde ao mesmo tipo de coisas que a garotada - eles procuram algo que costumava existir nos filmes da sua era, e que não encontram mais".

Tentando se reaproximar, Kay e Arnold tropeçam em uma série de exercícios sexuais, tão tristes quanto engraçados.

Numa passagem, por exemplo, Kay faz experiências com uma banana, e em outra ela marca um encontro intimista, mas incômodo, com o marido em um cinema.

"É bom que seja engraçado!", brincou Streep sobre a cena erótica. "Foi desconfortável para os meus joelhos. Tenho joelhos ruins."

Kay e Arnold têm empregos sem glamour (ela trabalha em loja; ele, como contador), e seus dias são sempre iguais - começam com Kay fritando ovos e bacon para o marido, e terminam quando Arnold adormece na frente da TV, e Kay o acorda para que cada um vá para o seu quarto.

"Há sempre uma pessoa que está agitada e uma que diz: ''Está tudo bem'''', disse Streep. "O drama está em fazer um personagem levar o outro a um lugar onde ambos descobrem o quanto eles se precisam e se amam."

(Reportagem de Sabrina Ford)

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