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"Achava que não ia dar conta", diz diretor do filme sobre Luiz Gonzaga

26 out 2012 - 10h50
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Felippe Camargo
Direto de São Paulo

Depois da pré-estreia do filme Gonzaga - de pai pra filho, o diretor Breno Silveira conversou com a imprensa e falou sobre seu temor em produzir o longa. "Esse filme foi o que eu entrei mais assustado pra fazer por causa do tamanho e importância do Gonzaga. Eu achava que não ia dar conta. Tinha mais de 200 pessoas no meu set", revelou Breno. O filme conta a história de vida de Luiz Gonzaga - um dos mitos da cultura popular brasileira - e ressalta a relação conturbada que ele tinha com o filho Gonzaguinha. Alguns artistas do elenco, como Silvia Buarque, Júlio Andrade, Chambinho do Acordeon e Adélio Lima, também conversaram com os jornalistas após a pré-estreia.

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Diretor Breno Silveira conversando com o ator Júlio Andrade nos bastidores do set de filmagens
Diretor Breno Silveira conversando com o ator Júlio Andrade nos bastidores do set de filmagens
Foto: João Linhares / Divulgação

Breno, que também dirigiu Dois Filhos de Francisco, disse que recebeu muitos convites para levar outra biografia ao cinema - antes de mergulhar em Gonzaga - de pai pra filho. "Depois que fiz 'Dois Filhos de Francisco', muita gente me procurou pra fazer uma cinebiografia. Desde jogadores de futebol, até pilotos de corrida e ginastas", revelou.

O personagem de Luiz Gonzaga, também conhecido como 'Rei do Baião', foi interpretado por vários atores diferentes - cada um atuou em uma fase da vida do cantor. Um deles é Chambinho do Acordeon, um sanfoneiro que não tem formação de ator, mas segundo Breno, é músico e tem a áurea do mito. "O Chambinho ficava tocando Gonzagão na sanfona fora do set. Aquilo era muito mágico e saudável. Era só virar e filmar. Se eu pegasse um ator galã da televisão, teria que moldá-lo para o filme", contou o diretor.

Para Chambinho, o diretor foi ousado ao lhe dar essa oportunidade. "Ele foi muito corajoso de dar esse papel para uma pessoa como eu, que não tem bagagem nenhuma no cinema. Mas, por outro lado, eu vivo o que o Gonzaga viveu - de tocar na noite e também em praças públicas".

Durante a mesa redonda com os jornalistas, o ator Júlio Andrade, que faz o papel de Gonzaguinha entre os 35 e 40 anos de idade, explicou sua ligação com o personagem desde a infância. "Teve uma época que eu só escutava Gonzaguinha. Quando era criança, lembro do meu pai cantando Gonzaguinha e ele até arrepiava. Então posso dizer que minha preparação pra esse filme começou desde pequeno. Parece que estava escrito. Não acredito muito nessas coisas, mas é o que parece".

Quando perguntado sobre sua interpretação cheia de expressões e sutilezas muito semelhantes ao músico, Júlio disse: "Queria fazer o filme de dentro pra fora e mostrar esse Gonzaguinha que existe em mim desde moleque. O jeito de caminhar e segurar o cigarro foram surgindo naturalmente em mim. Não programei para fazer dessa forma".

Adélio Lima, que é um guia de museu em Caruaru, Pernambuco, foi selecionado para interpretar Luiz Gonzaga com 70 anos de idade e contracenou o tempo inteiro com Júlio. "Ele vinha com uma força e com uma gana tão forte que ou eu entrava na brincadeira com ele, ou eu me danava", disse Adélio.

Silvia Buarque, que vive a personagem Dina - mulher que cuidou de Gonzaguinha desde pequeno até os 17 anos de idade, enquanto Luiz Gonzaga ficava em turnê -, também comentou sobre o filme. "Esse personagem entrou na minha alma facilmente. Tive um afeto muito grande por ele. Mas, apesar disso, as filmagens não foram fáceis. Pra mim, cinema nunca é fácil".

O filme Gonzaga - de pai pra filho estreia nesta sexta-feira (26) em todo Brasil.

Fonte: Terra
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