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Cinema

 
 

Elenco e trilha dão brilho a "O Coronel e o Lobisomem"

21 de setembro de 2005 13h55

Ana Paula Arósio tietou Milton Nascimento e Caetano Veloso no lançamento de  O Coronel e o Lobisomem. Foto: Fernão Silveira/Terra

Ana Paula Arósio tietou Milton Nascimento e Caetano Veloso no lançamento de O Coronel e o Lobisomem
Foto: Fernão Silveira/Terra

Nomes como Diogo Vilela, Selton Mello, Ana Paula Arósio, Pedro Paulo Rangel, Othon Bastos e Tonico Pereira, no elenco, e Caetano Veloso e Milton Nascimento, na trilha sonora, são os chamarizes mais visíveis para atrair o público na comédia O Coronel e o Lobisomem, dirigida por Maurício Farias e com roteiro de Guel Arraes.

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"O Coronel e o Lobisomem é um filme que valoriza os atores", observou Tonico Pereira, que na trama interpreta Seu Padilha, amigo e fiador do Coronel Ponciano de Azeredo Furtado (Diogo Vilela) no Banco da Província.

A constelação global foi escalada pela equipe de Farias para dar vida nova ao clássico literário de José Cândido de Carvalho. E as atuações de Diogo Vilela e Selton Mello, que já fizeram uma parceria bem-sucedida em O Auto da Compadecida (2000), dirigido por Guel Arraes, garantem ao filme um ritmo de comédia que tem tudo para agradar ao grande público.

"Sou de uma geração que cresceu assistindo à TV Pirata. Então, o Diogo sempre foi uma referência para mim", afirmou Selton Mello. "Apesar da nossa diferença de idade, eu e o Selton temos feito boas parcerias", observou Diogo Vilela.

A produtora Paula Lavigne e Guel Arraes contaram que Pedro Paulo Rangel, que já havia participado de uma adaptação anterior da obra, foi "o primeiro nome" a ser lembrado para o elenco. Depois vieram as escolhas de Mello e Vilela - dois velhos conhecidos da equipe de produção -, e o restante do cast.

A grande "aposta" do filme, segundo Paula Lavigne e Guel Arraes, foi Ana Paula Arósio. "Não sei se ficou bom, porque eu ainda não vi o filme. Mas eu acho que ficou. Eu gostei do trabalho", afirmou a atriz, na tarde desta terça-feira, ao lado dos colegas de elenco. "Não sabíamos como a Ana Paula reagiria a uma personagem de comédia. Mas eu vi o filme e posso dizer: ficou muito bom", atestou Paula Lavigne.

Música na tela
A trilha sonora, assinada pela dupla Caetano Veloso e Milton Nascimento, foi outro ponto do filme bastante destacado pelos produtores. Os temas foram compostos por Milton. Mas o ponto alto da trilha é a parceria dos dois em três músicas inéditas - duas delas aparecem no filme.

Na entrevista de lançamento, nesta terça-feira, os dois e a equipe de produção foram questionados se a parceria Caetano-Milton não teria sido "mal aproveitada" em O Coronel e o Lobisomem. A pergunta provocou certa polêmica.

O roteirista Guel Arraes observou que a trilha de um filme não pode ser feita apenas de canções e afirmou que os temas compostos por Milton para O Coronel e o Lobisomem casaram perfeitamente com a obra.

Pouco depois, Paula Lavigne interveio subitamente e pediu licença para "dizer uma coisa que ficou engasgada". A produtora rechaçou com energia a idéia de "mal aproveitamento" da dupla Milton Nascimento e Caetano Veloso. "Quando eles se juntaram o filme estava quase todo filmado", explicou. "E a trilha de O Coronel e o Lobisomem não é para ser comercial como foi a de Lisbela e o Prisioneiro, que ganhou disco de ouro", completou.

Para acabar com o clima pesado criado com a questão, Caetano Veloso assumiu o microfone e se encarregou pessoalmente de encerrar o assunto. "Eu entendi o que ela (a jornalista que fez a pergunta sobre o 'mal aproveitamento' da dupla) quis dizer. É que ela é tão fã de nós dois que queria nos ver cantando mais juntos. Eu achei a mesma coisa", respondeu o cantor e compositor, ex-marido de Paula Lavigne.

Mal aproveitada ou não, o fato é que a parceria de Milton e Caetano para a trilha de O Coronel e o Lobisomem fez os dois prepararem um show, juntos, para rodar algumas cidades do País. A turnê deve começar em Belo Horizonte e tem previsão para aportar em São Paulo na seqüência.

Homenagens
Um dos nomes mais citados pelos atores na entrevista de lançamento de O Coronel e o Lobisomem foi Francisco Milani, que morreu em agosto deste ano. Ele interpretou no filme o Doutor Serapião, um médico fanático por rinhas que é levado à Fazenda do Sobradinho para uma luta entre seu galo campeão e Vermelhinho, o galinho que acaba virando bicho de estimação do Coronel Ponciano (Diogo Vilela).

O nome de Francisco Milani foi lembrado com distinção por Pedro Paulo Rangel e Andréa Beltrão, mulher do diretor Maurício Farias, que fez uma participação especial no filme como a filha do Doutor Serapião - uma solteirona chegada de Paris que vira candidata em potencial para casar com o Coronel Ponciano.

Em tom de brincadeira, outra ausência foi bastante sentida na coletiva. "Está faltando o Vermelhinho", destacou Diogo Vilela, que contracenou com o galo. "Mas ele está em turnê pelo País."

Redação Terra