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Anne Hathaway - nasce uma estrela?

20 fev 2009 - 18h49
(atualizado às 19h58)
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É curioso ler os artigos sobre a atriz Anne Hathaway, de 26 anos, que pipocam com a estréia de seu novo filme, o excelente O Casamento de Rachel, do diretor Jonathan Demme (Filadélfia, 1993). Encantados com sua performance no papel de Kym, uma viciada em drogas em reabilitação, críticos do mundo todo destacam seu excepcional talento.

Realmente, seu esforço para encarnar a personagem é louvável e digno da indicação ao Oscar que recebeu, de Melhor Atriz - a primeira de sua carreira, aliás. Sua capacidade fica ainda mais evidente, alguns dizem, quando se lembra que Anne estourou em Hollywood como a colegial americana que, da noite para o dia, se descobre princesa de um reino distante e desconhecido, na cinessérie O Diário da Princesa (2001, 2004).

Sua problemática Kym é consiste e convence os exigentes espectadores. E não só ela, o elenco inteiro deste filme "independente" (ele é distribuído por uma das majors da indústria americana, a Sony Pictures) é ótimo. Palmas também para Rosemarie DeWitt, que faz a Rachel do título, e Bill Irwin, o pai dedicado e paciente de Kym.

Mas os críticos se esquecem que esta não é a primeira inserção de Anne no mundo barra pesada. Sua performance como a patricinha entediada Allison Lang, que se envolve com o submundo do crime no longa Garotas Sem Rumo, também foi elogiada. Mas como não recebeu o holofote do Oscar, as pessoas se esqueceram desse episódio de sua ainda curta carreira.

Se esqueceram e não perceberam que Anne já era fadada ao estrelato e o reconhecimento, além de fazer parte da estratégia hollywoodiana de renovar seu quadro de estrelas, era previsível.

Sua princesa Mia Thermopolis de Chernóbia é meiga, doce e contracena muito bem com a veterana Julie Andrews nos dois filmes da cinessérie, que rendeu cerca de US$ 300 milhões - mas a crítica insiste em deletar de suas resenhas filmes de puro (e bom) entretenimento. E sua Andrea Sachs, de O Diabo Veste Prada, também não faz feio diante da diva da telona Meryl Streep (com quem, aliás, disputa a estatueta de Melhor Atriz este ano), que faz um ótimo arremedo da poderosa jornalista de moda Anne Wintour.

Até mesmo seu trabalho como a destemida espiã Agente 99 - que tem que lidar com o abobalhado, mas genial, literalmente, colega Maxwell Smart (Steve Carell) - no recente blockbuster Agente 86 (rendimento em todo o mundo de mais de US$ 230 milhões), é interessante.

Como se vê, Anne Hathaway não está nascendo para o estrelato. Ela está, isso sim, se firmando na seleta e disputada constelação de astros hollywoodianos. Mas terá que disputar seu lugar ao sol com colegas de primeira grandeza, como a já citada Meryl Streep - que concorre por sua performance em Dúvida -, Kate Winslet - a grande favorita para levar a estatueta este ano pelo longa O Leitor-, a midiática (mas nem por isso medíocre, pelo contrário) Angelina Jolie - concorrente por A Troca - e a desconhecida do grande público, mas aclamada pela crítica, Melissa Leo - que corre por fora com Rio Congelado.

Anne Hathaway, indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em cena do filme 'O Casamento de Rachel'
Anne Hathaway, indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em cena do filme 'O Casamento de Rachel'
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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