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Duelo de ex-casal marca disputa por Melhor Diretor no Oscar

5 mar 2010 - 10h05
(atualizado às 12h29)
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A disputa pela estatueta de Melhor Diretor na 82ª edição do Oscar tem como favoritos James Cameron, por

Kathryn Bigelow, diretora de 'Guerra ao Terror'
Kathryn Bigelow, diretora de 'Guerra ao Terror'
Foto: Dave Hogan / Getty Images
Avatar

, e Kathryn Bigelow, com

Guerra ao Terror

, cineastas que foram casados entre 1989 e 1991.

Além disso, correm por fora Quentin Tarantino, por Bastardos Inglórios, Lee Daniels, com Preciosa - Uma História de Esperança, e Jason Reitman, diretor de Amor Sem Escalas.

James Cameron briga pelo segundo Oscar como diretor

Na noite de 24 de março de 1998, James Cameron deixou a cerimônia do Oscar como "o rei do mundo". Não era para menos. Titanic tinha conquistado 11 estatuetas, entre elas as de Melhor Filme e Melhor Diretor, enquanto o filme seguia caminho para se transformar na maior arrecadação da história, um título que perdeu apenas para Avatar.

Com o novo filme, Cameron ultrapassou a barreira dos US$ 2,4 bilhões no mundo todo, e já planeja uma segunda parte.

O cineasta levou em janeiro o Globo de Ouro de melhor diretor, e foi indicado em diversos prêmios de sociedades de críticos dos Estados Unidos, embora quase sempre a vitória tenha ficado com Bigelow.

O principal mérito do cineasta foi a paciência para levantar um projeto multimilionário - alguns dizem que o mais caro da história - que permitisse que os extraterrestres do filme, os Na''vi, fossem mais do que realistas, algo possível agora graças à evolução dos computadores, à "motion capture" (captura de movimento) com tomadas de atores reais e a animação tradicional à mão.

Kathryn Bigelow quer fazer história

Bigelow é a sétima mulher na briga pelo Oscar de Melhor Diretor.

Antes dela, brigaram pela estatueta Lina Wertmuller, por Pasqualino Sete Belezas, Randa Haines, por Filhos do Silêncio, Barbra Streisand, por O Príncipe das Marés, Jane Campion, por O Piano, Sofia Coppola, por Encontros e Desencontros, e Valerie Faris, por Pequena Miss Sunshine. Nenhuma ganhou.

A ex-mulher de James Cameron conseguiu com Guerra ao Terror seu maior sucesso artístico, o que não se repetiu no lado comercial, já que outros trabalhos como Caçadores de Emoção (1991), com Keanu Reeves e Patrick Swayze, tiveram uma arrecadação muito maior que os US$ 13 milhões que seu filme mais recente abocanhou até agora em território americano.

Já na disputa direta com o ex-marido, Bigelow tem levado a melhor, e já recebeu as estatuetas de Melhor Direção da Academia de Cinema e Televisão britânica (Bafta), dos Sindicatos de Produtores e Diretores dos EUA e do Critic's Choice, a maior associação americana de críticos.

Além disso, conquistou o prêmio das associações de críticos de Austin, Boston, Chicago, Nova York, Kansas City, Las Vegas, Los Angeles, San Francisco e Santa Bárbara.

Quentin Tarantino tenta surpreender

Tarantino conseguiu uma indicação a Melhor Diretor em 1994, por Pulp Fiction - Tempo de Violência, e apesar de não ter sido vitorioso na categoria, levou a estatueta de Roteiro Original, prêmio que dividiu com Roger Avary.

Desta vez, com Bastardos Inglórios, volta a concorrer nessas duas categorias, mas a sensação é de que seria a terceira opção para o prêmio de direção. Em seu trabalho como diretor, apenas os críticos de Phoenix e San Diego o elegeram como o melhor do ano.

Lee Daniels, o segundo negro candidato a melhor diretor

Apenas John Singleton, por Os Donos da Rua, tinha conseguido até agora. E Daniels já fez história anteriormente, ao ser o primeiro negro a receber uma indicação ao prêmio do Sindicato de Diretores dos EUA.

Além disso, Preciosa - Uma História de Esperança, trabalho que o levou a ser o segundo negro da história a brigar pelo Oscar de Melhor Diretor, levou o Prêmio do Público do Festival de Toronto, e o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio do Público do Festival de Sundance de 2009.

Este é o segundo trabalho de Daniels como diretor, depois de Matadores de Aluguel (2005), estrelado por Cuba Gooding Jr. e Helen Mirren.

Jason Reitman, o aluno que supera o mestre

O canadense Jason Reitman já é figura certa na cerimônia de entrega do Oscar. Com Juno, sua segunda obra, já chegou a um lugar onde seu pai, o também cineasta Ivan Reitman, nunca esteve: a lista de indicados à estatueta de Melhor Diretor.

Amor Sem Escalas consagra o jovem Reitman como um dos grandes talentos da comédia social.

No Oscar, Reitman concorre em duas categorias, e tem mais chances de levar a estatueta de Roteiro Adaptado, ao lado de Sheldon Turner.

EFE   
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