Além de toda uma discussão de que o filme poderia ter uma mensagem antissemita, 'A Paixão de Cristo' (2004) de Mel Gibson foi questionado pelas cenas violentas extremamente gráficas no momento em que Cristo vai ser crucificado.

'Kinsey' (2004) conta a história real do Dr. Alfred Kinsey (Liam Neeson), um homem que revolucionou sua época quando decidiu que estava na hora de quebrar o tabu na hora de se falar sobre sexo.

'The Brown Bunny' (2003) ficou marcado por uma tal cena em que Chloe Sevigny faz sexo oral no personagem de Vincent Gallo, em close.

'Irreversível' (2002) já começa com uma porrada: literalmente. As cenas de violência com um extintor de incêndio não são para qualquer um. Pouco depois, vemos uma cena de estupro igualmente sufocante protagonizada por Monica Bellucci.

Em 'Crime do Padre Amaro' (2002), parte da Igreja Católica se incomodou ao ver na tela cenas de sexo entre o jovem Padre Amaro (Gael Garcia Bernal) e a jovem por quem ele se apaixona no filme. Além disso, há uma mensagem política forte, que não agradou a alguns setores dessa mesma igreja.

Viciados. De todos os tipos, em todas as drogas. Não é fácil assistir a algumas cenas de
'Requiem for a Dream' (2000).

Há quem diga que 'Baise Moi' (2000) é uma versão francesa e sexual para 'Assassinos por Natureza'. Ou seja, não eram apenas os assassinatos que chocavam, mas as cenas de sexo que viam antes.

O filme do 'South Park' não pegou leve com ninguém, nem com os canadenses e nem mesmo com o Diabo, personagem que, aqui, é namorado carente de ninguém menos que Saddam Hussein.

O francês 'Romance X' (1999) foi o primeiro filme comercial a mostrar em cena um pênis ereto e ficou conhecido por suas cenas sexuais bastante gráficas.

Personagens que se excitavam com fortes batidas de carro e, de preferência, mutilações. Em 'Crash' (1996), o limite entre o sexy e a morte era por demais assustador.

'Kids' (1995) impressinou porque tentou mostrar uma adolescência americana pouco romantizada pela necessidade de perder a virgindade, o acesso fácil às drogas e uma ignorância geral sobre os riscos da Aids. As cenas de sexo, sempre com atores muito jovens, indignaram os mais conservadores.

Baseados em fatos reais, 'Assassinos por Natureza' (1994) chocou muitos aos mostrar como a violência pela violência pode ser também resultado de uma espetacularização da notícia.

Tal pai, tal filha. Jennifer Chambers Lynch, filha de David Lynch, conseguiu arrepiar com seu 'Encaixotando Helena' (1993), filme que mostra como um homem, obcecado por sua musa, a transforma fisicamente e metaforicamente na Venus de Milo amputando suas pernas e braços.

E quem vai esquecer a clássica cena em que Sharon Stone descruza as pernas e mostra mais do que deveria em 'Instinto Selvagem' (1992)?.

'Aladdin' (1992), filme da Disney, recebeu várias queixas do Comitê Americano-Árabe de Antidiscriminação porque associava os vilões do filme a estereótipos árabes.

'JFK' (1991) provocou a política americana quando sugeriu na segunda metade do filme que o assassino de Kennedy, Lee Harvey Oswald, definitivamente não teria agido sozinho na morte do presidente dos EUA.

'O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante' (1989), de Peter Greenaway, chocou muita gente ao cozinhar um de seus personagens.

'Faça a Coisa Certa' (1989), de Spike Lee, mostrou o racismo na América como nunca antes revelado e isso incomodou muita gente.

Sabe-se que não é de hoje que o cinema é afeito em provocar discussões sobre o que vemos em cena. Confira então os filmes que, dos século 19 até os anos 1980, mais criaram controvérsias. Até a próxima terça-feira, atualizaremos a galeria com filmes de outras décadas. 'O Cozinheiro, o Ladrão, sua Esposa e o Amante' (1989), de Peter Greenaway, chocou muita gente ao colocar em sua cena final um dos personagens literalmente cozinhado sobre a mesa de jantar, e sendo desgustado como ref.

Além de ter sido censurado em vários países, 'A Última Tentação de Cristo' (1988), de Martin Scorsese, chegou a ser banido pela rede de locadoras Blockbuster. O filme traz Cristo como uma figura mais humana e menos divina, mostrando o relacionamento amoroso e carnal que ele teria tido com Maria Madalena.

Em 'Nekromantik' (1987), o pacote é completo: tem sexo com defunto, crueldade com animais e cena de decapitação. Fica difícil não fechar o olho.

Baseado nos depoimentos de um assassino serial bem real, o filme 'Henry: Portrait of A Serial Killer' (1986) chocou muitos pelos requintes de crueldade e violência gráfica das cenas em que os assassinatos ocorriam.

'Veludo Azul' (1986), de David Lynch, foi acusado de vulgar, mas perturbou muita gente mesmo pela junção de sexo, violência, crime e muita perversidade.

Ao colocar a Virgem Maria como uma funcionária de um posto de gasolina em tempos modernos de provocações políticas e sexuais, Jean-Luc Godard sabia que não ia ser fácil para 'Je vous salue, Marie'. E não foi: o filme foi censurado em praticamente toda a América Latina que, nos anos 80, ainda vivia boa parte sob o domínio da ditadura.

'Uma Noite Alucinante' (1981) tem várias cenas perturbadoras, mas uma em especial chamou atenção do público: uma que envolve estupro e uma árvore.

Em 'Parceiros na Noite' (1980), para investigar uma série de assassinatos contra gays em Nova York, o policial vivido por Al Pacino se infiltra, como gay, no submundo da noite nova iorquina. O título foi bastante criticado pela comunidade gay americana, que acusou o filme de ser homofóbico .

Eis possivelmente o filme mais censurado de todos os tempos: 'Holocausto Canibal', de 1980, do diretor italiano Ruggero Deodato, usa e abusa de canibalismo, escatologia, matança de animais e, por isso, foi banido por muito tempo em países como a Itália, Nova Zelândia, Austrália, Malásia, Burma, Noruega, África do Sul, Finlândia, Turquia, Cingapura, Alemanha, Irã e Marrocos..

'A Vida de Brian', do grupo britânico Monty Python, causou com a Igreja Católica ao criar uma versão bem-humorada e pouco politicamente correta da história de Jesus.

'Calígula' (1979) usou e abusou dos supostos bacanais promovidos pelo imperador romano que topava todos e tudo na hora de fazer sexo.

Muito se questionou sobre a presença (e nudez em cena) da ainda muito pequena Brooke Shields em 'Menina Bonita' (1978), onde ela fazia uma virgem cuja primeira noite de sexo estava sendo vendida a preço de ouro.

Cenas de estupro difíceis de ser ver, mutilações, misoginia, violência gratuita. Com esses atributos, 'Doce Vingança' (1978) se tornou um dos filmes mais proibidos do cinema.

'O Franco Atirador' (1978) foi considerado durante muito tempo como um dos filmes mais violentos de sua geração, com imagens bastante perturbadoras da Guerra do Vietnã.

'Império dos Sentidos' (1976) é conhecido até hoje como um dos filmes que mais conseguiu explorar as dimensões dramáticas do sexo pelo sexo. Trata-se de um filme de arte, mas um que não mede os limites do que pode ou não ser mostrado em cena.

Pier Paolo Pasolini não nasceu para opiniões medianas. E '120 Dias de Sodoma' (1975) ele mostrou que provocar estava em seu sangue. Sexo, nus e uma cena em que um rapaz é obrigado a se alimentar de fezes deixa qualquer desnorteado.

A menina que se masturbava com ondas do mar e era super sexualizada causou muita polêmica no filme 'A Real Young Girl' (1975).

Pornografia, nazismo e sadismo juntos transformaram 'Ilsa: She Wolf of the SS' (1975) em um dos filmes mais controversos de todos os tempos. Foi banido na Alemanha.

Cenas de sexo explícito (mais explícitos do que o padrão), crueldade com mulheres e tortura. Não, não é fácil passar incólume pelo sueco 'Thriller: A Cruel Picture' (1974).

Com baixo orçamento, esse clássico do gênero terror só não poupou dinheiro na tinta vermelha. Sim, porque 'O Massacre da Serra Elétrica' (1974) é conhecido por sua violência gráfica.

Não dá pra contar a quantidade de cenas quase inassistíveis de 'O Exorcista' (1973), mas uma em especial é mais chocante que todas as outras: quando a menina, possuída, se masturba com uma cruz.

Poucos filmes conseguem ser tão escatológicos quanto 'Pink Flamingos' (1972). É preciso ter estômago para aguentar todo o tipo de bizarrice, várias delas com animais, presentes nesse filme.

Essa é fácil: Para bom conhecedor, 'Último Tango em Paris' (1972), de Bernardo Bertolucci, só lembra uma cena: aquela é a manteiga é usada como lubrificante para que Marlon Brando e Maria Schneider mandem ver. O mundo não foi mais o mesmo depois dessa experiência.

Muito antes de ser o cultuado Wes Craven de hoje, o diretor da saga 'Pânico' experimentava com baixos orçamentos. E 'Aniversário Macabro' (1972) foi uma dessas experiências, cheias de sangue, sexo, nudez e tudo que não recomendado para uma boa bilheteria.

'Garganta Profunda' (1972) se tornou um clássico da cinematografia americana e deu origem ao chamado 'Porno Chic'. E sim, a garganta profunda da protagonista era usada em cenas de sexo explícito.

Melvin Van Peebles, diretor e ator principal de 'Sweet Sweetback's Baadassss' (1971), colocou questões raciais, nudez frontal masculina e sexo no mesmo pacote. Não é preciso dizer que o filme chamou atenção.

Justo na época em que o movimento feminista começava a ganhar voz nos EUA, vem 'Sob o Domínio do Medo', filme que abusa das cenas de violência contra a mulher, estupros e misoginia.

Em 'A Última Sessão de Cinema' (1971), várias cenas de nudez frontal (algumas da atriz Cybill Shepherd em seu primeiro trabalho no cinema) numa história que se passa naqueles cenários de interior americano não agradaram muita gente.

No thriller policial 'Dirty Harry' (1971), o policial Harry Callahan (Clint Eastwood) ficou conhecido por sua técnica pouco obediente em encurralar bandidos. Foi acusado na época de, além de violento, ser um filme com ideologia fascista.

'The Devils' (1971) juntou catolicismo, satanismo e muito sexo no mesmo filme. Precisa explicar por que ele foi controverso?.

Stanley Kubrick mais uma vez causando: em 'Laranja Mecânica' (1971), a violência explode para dentro e para fora dos personagens e fica impossível esquecer uma cena de estupro promovida pela gangue do sociopata Alex.

Com jovens Art Garfunkel e Jack Nicholson, 'Ânsia de Amar' (1971) indignou muitas mulheres pela misoginia de seus personagens.

Prostituição feminina já era assunto velho em Hollywood, mas prostituição masculina surpreendeu muita gente quando 'Perdidos na Noite' (1969) estreou, mostrando, aliás, casos em que o personagem de Jon Voight vendia seu corpo para outro homem.

'Meu Ódio Será Tua Vingança' (1969) foi bastante criticado por sua violência gráfica, com sangue sendo jorrado para todo lado (o mundo ainda não havia eleito essa estética como cult).

Bem antes de 'O Exorcista' e 'A Profecia', 'O Bebê de Rosemary' (1968), primeiro filme americano do diretor Roman Polanski, chocou muita gente ao falar de satanismo. .

Um dos documentários mais chocantes da história do cinema, 'Titicut Follies' (1967) foi banido em vários lugares dos Estados Unidos por mostrar a crueldade como pacientes com problemas mentais eram tratados por um instituto de saúde.

Em 1967, o filme sueco 'Yellow', causou burburinho nos EUA, onde foi considerado pornográfico em alguns locais. A obra inclui várias cenas de nudez e encenação sexual e uma cena em que a moça beija seu amante no pênis.

Considerado um clássico hollywoodiano, 'Bonnie e Clyde' (1967) foi bastante criticado por sua violência gráfica e pela agressividade de Bonnie.

Em 'Mondo Cane' (1962), documentário criado para chocar, tem de tudo: preconceito, crueldade com animais, pornografia e todo tipo de perversidade que fez dele o "pai" dos chamados filmes "snuff" .

A versão de Stanley Kubrick para o clássico de Vladimir Nabokov até hoje rende debates quanto a sexualização de uma menina ainda muito nova e sua relação com um homem mais velho. 'Lolita' (1962) virou então sinônimo para a expressão "ninfeta".

Palma de Ouro em Cannes de 1961, 'Viridiana' (1961), de Luis Buñuel, chegou a ser banido em alguns países católicos justamente porque colocava temas religiosos lado a lado de cenas que insinuavam incesto, estupro e necrofilia.

'Victim', de 1961, foi o primeiro filme a falar com todas as letras a palavra "homossexual" e chocou a Inglaterra quando mostrou que, por trás de um crime homofóbico, havia um incontrolável amor homoafetivo.

Voyeurismo, abuso em crianças, assassinatos em série. Hoje o filme é considerado um clássico do gênero suspense, mas em 1960,
o filme inglês 'A Tortura do Medo' foi um escândalo.

Os nomes por trás desse filme são de mestres: a direção é de Elia Kazam e a história é adaptada de um texto de Tennessee Williams. Mas 'Baby Doll' (1956) foi lembrado mesmo em sua época por suas cenas provocativas que insinuavam a toda hora sexo com uma jovem que, apesar dos 19 anos, ainda chupava dedo e ainda se comportava como criança.

Essa é uma produção Disney que a própria Disney fez questão de tirar de catálogo: o filme 'A Canção do Sul' (1946) tenta legitimar uma relação de dono e escravo entre brancos e negros e, claro, não foi nada bem visto pela crítica.

'O Proscrito', de 1943, superprodução do empresário Howard Hudges chegou a ser censurado em várias cidades dos Estados Unidos dada a atenção extra que a câmera dava aos fartos seios da protagonista, a atriz Jane Russell.

Toda a polêmica que envolve 'Cidadão Kane' (1941) se dá porque o filme foi considerado como uma biografia do empresário William Randolph Hearst e isso nada agradou ao super poderoso das comunicações nos EUA.

O filme 'Child Bride', de 1938 foi bastante criticado por dar conotação sexual à nudez de uma menina de 12 anos, em uma cena em que ela se despe completamente.

O documentário encomendado por Hitler, chamado 'Triunfo da Vontade', foi criado para tentar provar a tal "superioridade ariana" nas Olimpíadas de Berlim.

Em 1933, o filme tcheco 'Ecstasy' foi o primeiro a mostrar em tela grande uma cena de sexo explícita. Não é preciso dizer que, naquela época, isso era quase um crime.

Castração, corpos mutilados, deficiências usadas como espetáculo. Em 1932, 'Freaks' deixou muita gente de queixo caído.

Em 1914, 'O Nascimento de uma Nação', de D. W. Griffith, que se passa durante a Guerra Civil nos Estados Unidos, foi bastante questionado por vilanizar os negros.

Em 1896, um beijo no cinema foi o suficiente para escandalizar todo mundo no curta-metragem 'O Beijo'.