80º Oscar

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80º Oscar

Sábado, 12 de janeiro de 2008, 21h05

Começa a contagem regressiva para o Oscar

As cédulas que decidirão os vencedores do Oscar, premiação concedida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, chegam hoje a Los Angeles, onde a realização da maior festa do cinema em fevereiro continua uma incógnita devido à greve de roteiristas.

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A 24 horas do anúncio dos vencedores da edição do Globo de Ouro mais sombria da história do cinema, a sorte está lançada para o Oscar, o prêmio mais importante da indústria cinematográfica americana, que este ano está em xeque enquanto seguem em frente os protestos dos grevistas.

Se a que é considerada a ante-sala natural dos prêmios da Academia ficou reduzida a uma simples entrevista coletiva, muitos se perguntam agora em Hollywood o que pode ocorrer no dia 24 de fevereiro com o Oscar se os roteiristas e os atores também decidirem boicotar a cerimônia.

Os responsáveis da festa e a emissora de televisão ABC, encarregada da transmissão da premiação, afirmam que seus planos não sofreram, por enquanto, qualquer mudança e prometem que os atores voltarão a desfilar pelo tapete vermelho mais famoso do mundo e que os prêmios serão entregues normalmente.

"Não sofremos qualquer estado de pânico. Estamos preparando a cerimônia e vamos seguir em frente com ela", disse o presidente da Academia, Sid Ganis, citado pelo portal Imdb, especializado em notícias e informação da sétima arte.

Enquanto isso, o que com certeza começa hoje nos escritórios da empresa PricewaterhouseCoopers de Los Angeles é a apuração dos votos dos mais de seis mil membros da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas.

Deste resultado sairão, primeiro, as indicações que serão anunciadas no dia 22 de janeiro e, depois, os nomes que podem levar a desejada estatueta para casa.

O filme britânico Desejo e Reparação desponta como o maior indicado ao Oscar, seguido de seus grandes rivais Jogos do Poder e Conduta de Risco.

Um grande favorito a conseguir uma indicação é o ator espanhol Javier Bardem, por seu papel como assassino em série no filme dos irmãos Ethan e Joel Coen Onde os fracos não têm vez.

As indicações deste ano despertam especial interesse, pois muitos em Hollywood questionaram o peso que normalmente se dá ao Globo de Ouro para saber por quais filmes a Academia se encantará, devido à ausência da festa.

Os prêmios concedidos pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood costumam ser a plataforma de lançamento público para os filmes menos comerciais e para os indicados menos conhecidos, que, após conquistarem um Globo de Ouro, vêm suas chances de ganhar o Oscar aumentar bastante.

Foi isso que ocorreu com uma quase desconhecida Hillary Swank, que em 1999 venceu o Globo de Ouro de melhor interpretação dramática por Meninos não Choram e, semanas depois, repetia a atuação no Oscar, ganhando a estatueta de melhor atriz, o que lançou sua carreira ao estrelato.

O mesmo aconteceu com Angelina Jolie, que, nesse mesmo ano, conquistou muitos pontos ao conseguir o beneplácito da Associação de Imprensa Estrangeira por seu papel em Garota, interrompida.

A situação se repete com a jovem Jennifer Hudson, que, após sair do programa American Idol venceu o Globo de Ouro por Dreamgirls - Em Busca de um Sonho e repetiu o feito mais tarde no Oscar.

Este ano, no entanto, jovens talentos como Marion Cotillard, indicada como melhor atriz de musical por sua aclamada interpretação de Edith Piaf em Piaf - Um Hino ao Amor, ficarão sem a publicidade necessária para chegar ao Oscar com um caminho bem percorrido.

"A cerimônia dos Globos de Ouro pode impulsionar um indicado e fazê-lo ganhar as graças do público sem lugar para dúvidas, mas este ano isso não vai ocorrer", disse ao jornal USA Today a diretora da versão digital da respeitada revista Variety, Anne Thompson.

EFE

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