80º Oscar

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80º Oscar

Sexta, 25 de janeiro de 2008, 16h15 Atualizada às 16h32

Atriz da Mongólia que sonhava em ser militar chega a Hollywood

Khulan Chuluun, a atriz da Mongólia que desempenha um papel de destaque no filme cazaque Mongol, indicado ao Oscar, diz que nunca desejou ser atriz. Ela queria trabalhar nas Forças Armadas.

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"Eu desejava estar no Exército, desejava estudar em uma escola militar", afirmou Chuluun, 23, em uma propriedade localizada nas geladas montanhas do sul do Cazaquistão, onde o filme foi parcialmente rodado.

"Mas não consegui ingressar na escola militar. Foi por acaso que acabei por me tornar atriz."

Financiado por investidores cazaques e dirigido pelo russo Sergei Bodrov, Mongol foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro neste ano - tornando-se a primeira produção do Cazaquistão a conquistar tal feito.

O épico de 15 milhões de euros (US$ 22 milhões) a respeito do conquistador mongol Gênghis Khan foi rodado principalmente no norte da China e nas estepes do Cazaquistão - um país que, como a Mongólia, é habitado por descendentes de tribos de nômades.

"O filme trata da Mongólia e de Gênghis Khan, que é como um Deus na Mongólia", afirmou Chuluun.

A atriz foi escolhida para o papel de Borte, a destemida mulher de Gênghis Khan, quando estava em uma fila da embaixada chinesa em Ulan Bator, capital da Mongólia, dois anos atrás, a fim de obter um visto.

"Fui abordada (por uma mulher responsável pelo elenco). Ela me perguntou se eu era da Mongólia. Eu disse que sim. Tudo aconteceu por acaso", contou a atriz.

O filme Mongol, uma série de batalhas épicas e tomadas panorâmicas de paisagens recobertas por nevoeiros, relata uma história de guerras e sobrevivência centrada no início da vida de Gênghis Khan, papel desempenhado pelo japonês Tadanobu Asano.

Na cerimônia do Oscar, em 24 de fevereiro, a produção enfrentará, na sua categoria, os filmes The Counterfeiters (os falsificadores), da Áustria, Katyn, da Polônia, Beaufort, de Israel, e 12, da Rússia.

O filme mudou a vida de Chuluun, que se casou com um cazaque e hoje vive no Cazaquistão, um Estado muçulmano antes pertencente à União Soviética.

Reuters

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