Fiéis a fama de inconformistas de Hollywood, os irmãos Joel e Ethan Coen estão contrariando 80 anos de tradição do Oscar por sua rara indicação conjunta pela direção de Onde os Fracos Não Têm Vez.
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Depois de terem sido premiados pelas principais categorias de profissionais de Hollywood, incluindo o Sindicato dos Diretores, os irmãos Coen são francos favoritos para levar, no domingo, o prêmio da Academia de melhor direção.
Se isso acontecer, eles serão apenas o segundo par de cineastas a dividir um Oscar de direção, depois de Robert Wise e Jerome Robbins em 1961, pelo musical Amor, Sublime Amor.
Como produtores, em conjunto em Scott Rudin, os irmãos Coen também estão entre os mais cotados para levar o Oscar de melhor filme.
Com elementos dos gêneros thriller e western, Onde os Fracos Não Têm Vez é uma história de medo, desespero e decadência moral, com uma trama feita de uma perseguição violenta e implacável.
Um dos trabalhos mais sombrios dos irmãos Coen, o longa é também o maior sucesso comercial da carreira deles, tendo rendido até agora mais de US$ 92 milhões em todo o mundo.
Joel, 53 anos, e Ethan, 50, receberam seu primeiro Oscar há 11 anos, quando levaram para casa a estatueta de melhor roteiro original pelo inovador drama criminal Fargo.
Fargo também deu o Oscar de melhor atriz à mulher de Joel Coen, Frances McDormand, pelo papel da grávida delegada de polícia de uma pequena cidade que topa por acaso com um caso de homicídios múltiplos. Ela e Joel Coen se conheceram quando trabalharam no primeiro longa-metragem dos irmãos, Gosto de Sangue, de 1984, e se casaram dez anos depois.
Os paralelos entre Fargo e Onde os Fracos Não Têm Vez são marcantes.
Onde os Fracos Não Têm Vez concorre a oito Oscars ao todo. Além de melhor filme e melhor direção, os irmãos Coen foram indicados pelo roteiro, adaptado do romance No Country for Old Men, de Cormac McCarthy, e o espanhol Javier Bardem foi indicado ao troféu de melhor ator coadjuvante.
Reuters
13h01 » CORREÇÃO: Javier Bardem beija irmão nos bastidores do Oscar