80º Oscar

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80º Oscar

Sexta, 22 de fevereiro de 2008, 12h32

Omissões e pouco caso marcam Oscar de filme estrangeiro



O ano de 2008 talvez seja lembrado como aquele dos filmes que foram esnobados ou desqualificados pelos eleitores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos.

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O Oscar de melhor filme de língua estrangeira vem ganhando importância crescente como plataforma de lançamento de cineastas de países que não os EUA.

Este ano, porém, vários filmes aclamados do cinema mundial deixaram de ser indicados, levando alguns críticos a protestar.

A ausência mais notória foi o drama romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, premiado em Cannes em maio e que recebeu vários troféus de críticos.

A ausência mais controversa envolveu a desqualificação do israelense The Band''s Visit pelo fato de mais de 50% dos diálogos entre os membros de uma banda egípcia e os moradores de um vilarejo israelense serem em inglês.

Os cinco filmes que acabaram indicados são The Counterfeiters, da Áustria, Beaufort (Israel), 12 (Rússia), Katyn (Polônia) e Mongol (Cazaquistão).

Beaufort trata dos últimos soldados que em 2001 se retiraram de um famoso forte libanês capturado por Israel em 1982, destacando a inutilidade de sua missão. As filmagens terminaram semanas antes da guerra de 2006 entre Israel e Líbano.

"Fica claro que o conflito é cíclico - não é algo que tenha ficado no passado", comentou o diretor israelense Joseph Cedar.

O russo Nikita Mikhalkov, que recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1994 por Burnt by the Sun, tomou como ponto de partida de seu filme 12 o clássico drama de tribunal Doze Homens e Uma Sentença, de Sidney Lumet.

The Counterfeiters trata de temas que já se saíram bem na história do Oscar: a 2ª Guerra Mundial e o Holocausto.

Katyn é a história sombria dos 15 mil poloneses massacrados pela polícia secreta soviética em 1940. É uma narrativa intensamente pessoal para o diretor polonês Andrzej Wajda, porque seu pai esteve entre os executados. Wajda já ganhou um Oscar honorário.

Em Mongol, o primeiro filme do Cazaquistão a receber uma indicação ao Oscar, o diretor russo Sergei Bodrov relata a vida e os amores do guerreiro Genghis Khan nas estepes da Mongólia.

Reuters

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