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Pixar explora o passado dos heróis de "Monstros S.A."

20 jun 2013 - 10h04
(atualizado às 12h06)
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O estúdio Pixar recorre pela primeira vez ao passado de seus personagens ao narrar, em Universidade Monstros, o incrível encontro entre dois personagens muito queridos, apesar de monstruosos, o pequeno e esverdeado Mike e seu único olho enorme, e o gigante de pelo azul Sulley, que protagonizaram em 2001 o sucesso de Monstros S.A..

Em Universidade Monstros, da Disney, será possível entender como era o relacionamento de Mike e Sulley durante o período em que estavam na Universidade do Terror
Em Universidade Monstros, da Disney, será possível entender como era o relacionamento de Mike e Sulley durante o período em que estavam na Universidade do Terror
Foto: Disney / Divulgação

O 14° longa-metragem do estúdio, comprado pela Disney em 2006 e que já venceu vários Oscar, estreia na sexta-feira nos Estados Unidos e no Brasil.

Apesar da Pixar já ter produzido sequências (Carros 2, Toy Story 2 e 3), esta é a primeira vez que lança uma "prequência", ou seja, uma trama que se desenvolve antes do filme original.

Monstros S.A., considerado uma obra-prima de tom poético, criou um mundo de monstros onde a energia é gerada pelos gritos de sustos das crianças.

Assim, um exército de criaturas espantosas é enviado com frequência aos quartos dos pequenos para provocar gritos os mais fortes possíveis.

Sulley, uma espécie de híbrido entre um 'Pé Grande' e um urso azul, era um dos principais "assustadores", fielmente auxiliado pelo amigo Mike, o pequenino monstro apelidado pela namorada de "zoiudinho da mamãe".

Universidade Monstros mostra o momento em que os amigos se conheceram na faculdade, onde Sulley já se destacava como o melhor monstro do campus e Mike, tímido e trabalhador, sonhava entrar para a elite dos assustadores, apesar das poucas aptidões.

"Sempre quisemos contar como Mike quis tanto virar um 'assustador'", explicou à AFP Dan Scanlon, diretor do filme.

"Sabíamos que o coração da história era observar como alguém reage quando está diante de uma parede, quando as portas são fechadas para você", completou.

Mas ele destaca que era necessário encontrar a história para contar a ideia.

"Tínhamos a universidade, certo, mas o que eles faziam lá?".

Scanlon, que dirigiu seu primeiro longa-metragem para a Pixar, sentia durante os primeiros meses de desenvolvimento que não havia uma verdadeira história.

"Havíamos tomado um caminho sem muita substância. Às vezes parecia uma história sem motor, que hesitava e se perdia", disse.

Até que surgiu uma ideia: Mike e Sulley, demitidos do programa de assustadores por mau comportamento, são condenados a integrar o clube de estudantes "Oozma Kappa", para onde são enviados os monstros indesejados e perdedores.

"Acredito que quando introduzimos o grupo de perdedores, a equipe Oozma Kappa, a história ganhou vida", disse Scanlon.

"Porque isto deu a oportunidade a Mike e Sulley de tomar os demais sob sua asa. Isto mudou completamente a história e sentimos que estávamos no caminho correto".

De fato, como é habitual, a Pixar consegue ir além do mero prazer visual para abordar temas mais profundos e inesperados para um público jovem, como o de aceitar a dura realidade e, inclusive, aprender a abrir mão dos sonhos.

No entanto, o filme é também uma ode à amizade, que significa transcender divergências e obstáculos.

"A amizade ocupa grande parte do filme. Quando conhecemos Mike e Sulley, descobrimos que são muito diferentes do que serão em Monstros S.A.", destaca o diretor.

"De certa forma, o filme mostra como os amigos podem nos ajudar a virar a pessoa que estávamos destinados a ser, em particular quando você é jovem", disse.

"Não apenas podem nos ajudar a encontrar o que somos realmente, quais são nossos talentos, como podem nos transformar em pessoas melhores", completou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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