PUBLICIDADE

Prêmios Platino procuram se afirmar como referência do cinema ibero-americano

27 mai 2015 - 14h32
(atualizado às 14h57)
Compartilhar
Exibir comentários

Os Prêmios Platino deram um "enorme passo" da primeira edição, no Panamá, para a segunda, que será realizada em julho na Espanha, explicou à Agência Efe um de seus diretores, o jornalista colombiano Juan Carlos Arciniegas, para quem a premiação preenche um vazio existente no setor.

Apresentador e produtor do programa "Showbiz", da rede "CNN en Español", Arciniegas disse que a próxima cerimônia incluirá "uma surpresa interessante" e voltará a contar com o ator mexicano Eugenio Derbez, mas não tenha revelou o que o protagonista de "Não Aceitamos Devoluções" fará. No ano passado, a cerimônia teve a presença da atriz Sonia Braga, que ganhou o Prêmio de Honra, em reconhecimento à carreira.

Derbez teve um papel importante na primeira premiação, onde apresentou a festa com um toque de humor, enquanto sua esposa, a atriz Alessandra Rosaldo, e Juan Carlos Arciniegas marcaram o ritmo da entrega dos prêmios. O jornalista disse se sentir bem em trabalhar com Alessandra, já que ela o ajudou a superar a impressão inicial que a dimensão do evento lhe causou.

"Me abalou um pouco a situação. Pensei que não seria capaz. Estou acostumado a ficar em um estúdio com um cinegrafista. Fiquei nervoso nos ensaios, mas chegou o dia e foi fantástico. Neste ano, já sei que vou ficar nervoso de novo", reconheceu Arciniegas, que repete a dobradinha com Alessandra à frente da cerimônia.

O jornalista revelou que os detalhes do evento, que acontecerá em 18 de julho em Marbella, na Espanha, durante o Festival de Cultura e Tendências Starlite, começarão a ser vistos a partir de hoje em Los Angeles. Em sua opinião, a chave para realizar uma cerimônia atrativa é a agilidade, para que não dure mais do que 90 minutos e não tenha discursos institucionais muito longos. Além disso, imagem, música e movimento são fundamentais. Sua lista ideal de apresentações inclui Jorge Drexler e Natalia Lafourcade, por exemplo.

Arciniegas, que tem longa experiência cobrindo e participando de prêmios e festivais, se sente mais próximo do estilo descontraído do Globo de Ouro do que da sobriedade do Oscar, e afirmou que na reunião do comitê de organização sugerirá que seja servido "muita bebida alcoólica ao público".

"As pessoas entram muito mais tranquilas. Vão se sentir melhor e com menos tensão", disse.

Os Prêmios Platino são uma iniciativa dos produtores da Entidade Espanhola de Gestão de Direitos Audiovisuais (Egeda) em parceria com a Federação Ibero-Americana de Produtores (Fipca) e engloba à indústria audiovisual de 23 países.

Pela primeira vez, a premiação será transmitida pela rede "TNT" na América Latina e poderá ser vistos em mais de 50 países.

"Em um ano, a premiação cresceu muito", comemorou Arciniegas, que acredita que embora, "muitas pessoas possam ainda não saber exatamente do que se trata", em cinco anos o prêmio pode se tornar uma referência do cinema ibero-americano.

"É algo com que sonhava há muito tempo, uma premiação desta envergadura. Era justo e necessário que as produções ibero-americanas recebessem um reconhecimento à altura, que, além disso, é uma plataforma de exibição e divulgação desses filmes", afirmou.

Para Arciniegas, os latinos devem sentir orgulho do cinema de seus países, e ele vê na premiação uma ponte que aproxima obras e artistas da região entre si e do público.

"As pessoas na Argentina e na República Dominicana, por exemplo, identificam perfeitamente Mel Gibson, mas talvez não a chilena Paulina García. Estes prêmios servem também para criar um 'star system", explicou.

Paulina recebeu o prêmio de melhor atriz em 2014 pelo filme "Gloria", grande vencedor da noite.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade