PUBLICIDADE

Protagonistas de De Volta para o Futuro preferem o 2015 real

Em novembro de 1989, Marty McFly e Doc Brown chegaram ao futuro no 2° filme da trilogia

22 out 2015 - 02h56
(atualizado às 13h50)
Compartilhar
Exibir comentários

O grande dia da trilogia de De volta para o Futuro, esta quarta-feira, 21 de outubro de 2015, data para a qual viajaram os protagonistas do filme na história, foi comemorado com um encontro que contou com parte da equipe que participou da produção e no qual ficou claro que, se tivessem que escolher, prefeririam o 2015 atual, e não retratado no filme de 1989.

Siga Terra Diversão no Twitter

A viagem ao futuro foi para o dia 21 de outubro de 2015
A viagem ao futuro foi para o dia 21 de outubro de 2015
Foto: Divulgação/BBC Brasil

Não há carros voadores, mas também não há máquinas de fax no banheiro. Portanto, fazendo um balanço, a mente por trás deste clássico da ficção científica, o produtor e roteirista Bob Gale, afirmou preferir, sem dúvidas, o 2015 real.

"No ano de 2015 que imaginamos na década de 1980 tinha o estúdio me telefonando diariamente dizendo que estávamos gastando dinheiro demais. Minha esposa não me disse nada, portanto, acredito que este 2015 é bem melhor", brincou Gale ao chegar para uma exibição especial do filme em um cinema de Manhattan.

Lá também estavam os principais nomes do elenco liderado por

(Marty McFly) e Christopher Lloyd (o doutor Emmett Brown), uma réplica do DeLorean, o carro que servia de máquina do tempo no filme, e dezenas de admiradores.

"Os admiradores de De Volta para o Futuro são o povo mais obsessivo, inteligente, bom e amável do mundo", disse à Agência Efe a atriz Claudia Wells, que interpretou Jennifer no primeiro filme da saga em 1985, a namorada de Marty McFly.

Claudia também afirmou que prefere o 2015 atual em comparação com a realidade do filme, mas paradoxalmente, o faz, em parte, por causa do próprio filme.

"Fico com o 2015 verdadeiro porque sou muito feliz. Para qualquer lugar que vou, as pessoas me tratam muito bem por causa de minha participação em De Volta para o Futuro", disse.

Michael J. Fox, por sua vez, se mostrou entusiasmado pelo impacto que o filme continua tendo quase três décadas depois de seu lançamento e pela loucura que se criou ao redor do mundo com a data de hoje.

"É incrível poder compartilhar isso com toda esta gente", disse aos jornalistas antes da exibição do filme e após um dia no qual até o presidente de EUA, Barack Obama, fez questão de parabenizá-lo.

"Alguma vez você pensa no fato de que vivemos no futuro que sonhamos naquela época?", disse Obama a Fox através do Twitter.

O ator, ao invés de entrar em grandes reflexões filosóficas, se mostrou impressionado que um dos grandes símbolos da produção, o skate voador, não tivesse se tornado habitual após o impacto que causou e lembrou as dificuldades no set de filmagens para torná-lo "real".

"Eles me penduravam em vários cabos com essa prancha presa aos pés", lembrou o ator durante uma conferência antes da exibição do filme.

Já Gale disse que não acreditava na época que o skate voador se tornaria uma realidade neste futuro, mas acabou antecipando muitas coisas, como as grandes telas planas de televisão, a comunicação por videoconferência e os drones.

De todos os desenvolvimentos que existem na atualidade e que Gale não chegou a imaginar em sua trama de ficção, o produtor e roteirista disse que o melhor deles é, sem dúvida, o telefone inteligente.

"O smartphone é o aparelho mais característico de nosso tempo e que, na época, não conseguimos prever", disse Gale à Efe.

E quais seriam as grandes inovações que um dos criadores de De Volta para o Futuro espera para os próximos 30 anos?"Acredito que haverá uma enorme revolução na tecnologia médica. As pessoas poderão ser diagnosticadas em suas próprias casas usando algum tipo de dispositivo tátil, um scanner de retina ou algum aparelho conectado ao computador", garantiu o roteirista e produtor.

Outra grande mudança, segundo Gale, não será tão tecnológica, mas cultural e por consequência de uma realidade que já vivemos.

"Acredito que as pessoas terão menos coisas. Você já não precisa de um carro, pode usar o Uber. Já não precisa de uma bicicleta, pode usar a Citibike", disse em referência aos novos serviços de transporte partilhado.

Para Gale, um dos fenômenos mais interessantes das próximas décadas será ver como as pessoas vão se adaptar a isso e como a economia responderá a um mundo no qual não se consomem tantas coisas.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade