"Sou contra a busca incansável pela beleza", diz Winits sobre comédia
- Gisele Alquas
- Direto de São Paulo
Até que a Sorte nos Separe, comédia de Roberto Santucci (diretor de De Pernas Pro Ar) chega aos cinemas em 5 de outubro. Estrelado por Leandro Hassum e Danielle Winits, o longa, baseado no best seller Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, leva para as telas a história de um casal que ganha uma fortuna na loteria e perde tudo com sua vida de ostentação. Winits, que interpreta Jane, uma mulher apaixonada pela família, não se cansa de gastar com viagens e tratamentos estéticos. Porém, a atriz disse que é o oposto de sua personagem neste quesito.
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"Sou contra qualquer busca incansável pela beleza. Pode virar neurose, uma compulsão. Não julgo quem faz isso, mas tem que ter noção para não se tornar escrava. Mas apesar da Jane adorar gastar com tratamentos e tudo que vê pela frente, ela é doce, divertida e dá muito valor à família", afirmou Danielle Winits em entrevista ao Terra. Ainda em comparação com a personagem, a atriz contou que não teve fase de "deslumbre" logo que se tornou famosa, uma vez que perdeu o pai muito cedo e precisou tornar-se independente: "a minha vida toda fui centrada. Sempre lutei por aquilo que quis".
A atriz foi só elogio ao parceiro de cena, Leandro Hassum, e disse que aprendeu muito com o ator: "estar ao lado dele foi ótimo, pois só agregou. Tivemos uma química muito boa em cena e isso nos uniu". As filmagens de Até que a Sorte nos Separe aconteceram na mesma época em que Winits se acidentou durante o espetáculo Xanadu, no Rio, em janeiro deste ano. Em uma das cenas, os cabos que sustentavam a atriz e o ator Thiago Fragoso arrebentaram e os dois caíram de uma altura de cinco metros. O ator fraturou cinco costelas e Winits sofreu ferimentos no rosto.
A atriz precisou de duas semanas para se recuperar. "A equipe do filme me ajudou bastante. Meu rosto ficou inchado e não tinha como eu gravar, além de ter sido um trauma muito grande, pois caí na frente do meu filho e não me lembro de nada. Fiquei o tempo que tive que ficar em repouso e tudo deu certo", explicou.
"Já fiquei deslumbrado com a fama"
Em Até que a Sorte nos Separe, Leandro Hassum é Tino, um homem apaixonado pela família, bom moço, porém não soube controlar a fortuna que ganhou na mega sena. O ator disse que tem semelhanças com o personagem, por exemplo, de ter ficado deslumbrando logo que começou a ganhar dinheiro. "O primeiro salário bom que ganhei como ator me deixou tão feliz que juntei a família e fomos para o shopping gastar tudo".
Sobre o filme, Leandro acredita que a história transmite uma mensagem positiva para o público. "Muitas pessoas vivem histórias parecidas. E hoje dizem que tudo que foge do padrão é cafona. Eu não estou nem aí, eu quero é ser feliz do meu jeito", declarou. Hassum interpreta seu primeiro protagonista no cinema. Ele disse que está preparado para enfrentar as críticas: "independentemente do que vier, a crítica que mais me interessa é a do público".
Questionado se não tem medo de ficar rotulado como um ator que só trabalha em comédia, Leandro Hassum garante que não. "Tenho facilidade para o humor, mas já fiz drama também. Existe preconceito entre os próprios atores e diretores de achar que você é bom apenas em uma coisa. E é muito difícil fazer comédia", declarou o ator.
No filme, Kiko Mascarenhas interpreta Amauri, um consultor financeiro extremamente controlado com os gastos. Cabe a ele ajudar Tino, que é seu vizinho e desafeto. "Adorei fazer. O filme realmente é bom. E atuar ao lado da Rita (Elmôr, que vive Laura, mulher de Amauri) foi maravilhoso porque já trabalhamos juntos no seriado Separação (Globo). Foi muito divertido", afirma Kiko. "A generosidade da equipe foi fantástica e o clima de total descontração", completou Rita.
