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Scorsese filma 'Silêncio' em Taiwan após 20 anos de espera

Diretor norte-americano disse que está realizando um sonho e primeira tentativa de gravar longa foi em 1990

4 mai 2015 - 11h32
(atualizado às 13h30)
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O diretor norte-americano Martin Scorsese confessou nesta segunda-feira (4) que com a rodagem de Silêncio está realizando um sonho de mais de 20 anos. O filme é baseado no livro do mesmo título do japonês Shusaku Endo, que relata a perseguição de dois sacerdotes jesuítas no Japão do século XVII.

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Foto: Luke MacGregor / Reuters

Scorsese afirma que a leitura foi indicada em 1998 pelo arcebispo Paul Moore e desde o primeiro momento quis levá-lo ao cinema. "O tema deste livro e as questões de fé fizeram parte da minha vida desde a infância", disse ele em entrevista coletiva em Taipé, no Taiwan, onde a maior parte das filmagens estão sendo feitas.

A primeira tentativa de Scorsese, de 72 anos, de escrever um roteiro para Silêncio na década de 1990 "não foi muito bem-sucedida" e teve que esperar cerca de 15 anos até "encontrar o caminho correto", explicou o diretor.

O protagonista do filme, o norte-americano Andrew Garfield, que vive o padre Rodrigues, um dos dois sacerdotes, disse que se sentiu muito atraído pela história, que considera "atemporal" e de "grande impacto e emotividade", já que seu personagem passa por situações muito decisivas e duras. "Meu personagem enfrenta questões de como viver uma vida de fé, uma vida com sentido", disse o ator, conhecido por protagonizar as duas últimas sagas de Homem-Aranha.

Outros atores do filme são o norte-irlandês Liam Neeson, que interpreta o padre Ferreira, e Adam Driver, que dá vida ao companheiro de Rodríguez, o padre Francisco Garrpe. Os japoneses Yosuke Kubozuka, Issei Ogata e Tadanobu Asano também estão no elenco

O prefeito de Taipé, Ko Wen-je expressou seu agradecimento ao diretor taiuanês Ang Lee por ter convencido Scorsese a filmar Taiwan. Mais de 350 técnicos e 3 mil extras participaram da filmagem do longa na ilha. 

Silêncio desencadeou uma ampla polêmica no Japão, após sua publicação em 1966, e é considerado o romance mais importante de Endo.

EFE   
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