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Sony diz que não errou ao cancelar filme, alega que não tinha "alternativa"

19 dez 2014 - 19h59
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O presidente-executivo da Sony Pictures Entertainment, Michael Lynton, disse nesta sexta-feira que o estúdio de Hollywood não cometeu um erro ao cancelar o filme de comédia "A Entrevista" após um ciberataque no qual os Estados Unidos culpam a Coreia do Norte.

Michael Lynton, presidente-executivo da Sony Pictures, durante conferência com investidores na sede da empresa em Tóquio. 18/11/2014
Michael Lynton, presidente-executivo da Sony Pictures, durante conferência com investidores na sede da empresa em Tóquio. 18/11/2014
Foto: Toru Hanai / Reuters

Falando à CNN, Lynton respondeu aos comentários feitos pelo presidente dos EUA, Barack Obama, de que o estúdio cometeu um erro ao cancelar o filme, depois que cinemas se recusaram a mostrá-lo devido a ameaças não-especificadas de hackers.

"Neste caso o presidente, a imprensa e o público estão equivocados quanto ao que realmente aconteceu", disse Lynton à CNN, em suas primeiras declarações públicas desde o início do ataque cibernético, no mês passado.

Mais cedo nesta sexta-feira, Obama afirmou que a Sony deveria ter lançado o filme e não ceder à pressão de hackers.

"Eu gostaria que eles (Sony) tivessem falado comigo primeiro", disse Obama. "Eu teria dito a eles: 'não entrem em um padrão em que você está intimidado por esses tipos de ataques criminosos."

Lynton afirmou que a Sony "não tinha alternativa" a não ser cancelar a comédia sobre uma trama ficcional para assassinar o líder norte-coreano, Kim Jong Un, porque as redes de cinema disseram que não iriam exibir o filme.

"Nós não cedemos, não recuamos. Nós sempre tivemos o desejo de que o público norte-americano assistisse este filme", declarou Lynton, acrescentando que ele ainda quer que o público o veja.

"A Entrevista", estrelado por Seth Rogen e James Franco, tinha previsão de lançamento para 25 de dezembro. A Sony afirmou que não tem outros planos para lançar o filme.

(Reportagem de Eric Kelsey)

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