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"Tentei fazê-lo rir", diz Amy Adams sobre contracenar com Eastwood

23 nov 2012 - 09h09
(atualizado em 26/11/2012 às 09h12)
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Em menos de seis meses, três grandes lançamentos de Hollywood trazem o nome de Amy Adams em papéis de destaque e tudo indica que o ritmo vai continuar assim. Ela interpretou Jane, em Na Estrada, de Walter Salles; está em O Mestre (com previsão de estreia em janeiro no Brasil), e a partir desta sexta-feira (23) pode ser vista como Mickey, a filha de Gus Lobel (Clint Eastwood), em Curvas da Vida. Os três filmes estão em cartaz nos Estados Unidos, o que faz dela uma das atrizes de maior destaque das telonas ultimamente. Isso sem falar que em 2013 ela será Janis Joplin (no filme sobre a cantora), Lois Lane, em Homem de Ferro, além de estrelar, pelo menos, outros três filmes. Em entrevista ao Terra, em Los Angeles, ela garante que além de tudo dá conta de ser uma mãezona para a filha Aviana, de dois anos, e confessa ter ficado intimidada ao contracenar com o veterano Clint Eastwood. "Mas tive que perder essa timidez rápido e tentei fazer isso sendo divertida, fazer ele rir e funcionou".

Amy Adams e Clint Eastwood em cena do filme 'Curvas da Vida'
Amy Adams e Clint Eastwood em cena do filme 'Curvas da Vida'
Foto: Divulgação

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Amy, 38 anos, nasceu na Itália, numa base militar, já que seus pais americanos trabalhavam no país. Criada numa família mórmon, ela, apesar de não praticar mais a religião, traz nos seus movimentos e atitudes toda as maneiras de boa menina. A atriz nunca muda o tom calmo e simpático de sua fala. Se veste discretamente, com tons sóbrios e camisa larga e não dispensa citar Darren Le Gallo, também ator, em vários momentos, o grande companheiro e responsável por ela conseguir dar conta de tudo. "Acho que sou muito sortuda. Vivemos numa era em que se supõe que as mulheres podem ter tudo, mas não é bem assim. Eu não tenho tudo. Durmo pouco, não tenho férias, mas tenho uma grande família e um marido que faz um monte de sacrifícios para eu poder estar nesse ritmo, inclusive deixou um pouco de lado a carreira dele. Jamais conseguiria fazer o que faço sem ele". E garante que a maternidade mudou inclusive a forma dela atuar e de se sentir segura: "a medida em que eu me sinto mais capaz em ser mãe para Aviana, me sinto melhor atuando. Eles são minha âncora, mas claro, muitas vezes me sinto culpada e acho que estou trabalhando demais".

E como a arte imita a vida ou vice-versa, em Curvas da Vida, Mickey, personagem de Amy, se depara justamente numa encruzilhada na qual tem que escolher entre a carreira ou a família, no caso, o pai Gus (Eastwood). Ele chegando na velhice precisa de um suporte da única filha para ter sucesso no próximo, e talvez último, desafio como caça-talentos de beisebol. "Eu não tenho visto no cinema este relacionamento pai/filha sendo explorado e quase toda mulher que eu conheço tem algum tipo de questão mal resolvida nesse sentido. Acho que as mulheres merecem se ver de maneiras diferentes nos filmes e Curvas da Vida, para mim, é uma boa maneira de se identificar" diz Amy, que declara ter tudo em comum com a personagem. "Tenho feito vários papeis baseados em pessoas do passado, o que eu adoro, mas essa foi a primeira vez que fiz uma mulher contemporânea, com as nossas questões do dia a dia."

Num primeiro momento Amy, que já foi indicada três vezes ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (O Vencedor, Dúvida e Retratos de Família), confessa ter ficado intimidada ao ter que contracenar com o veterano ator/cineasta Clint Eastwood. "Mas tive que perder essa timidez rápido e tentei fazer isso sendo divertida, fazer ele rir e funcionou". Essa talvez tenha sido uma técnica aprendida com outros ícones do cinema com quem Amy já atuou: "minha inspiração é a atriz Meryl Streep (as duas contracenaram juntas em Dúvida). Eu tenho uma voz imaginária dela dentro de mim e tento jogar, na minha cabeça, o jogo 'o que Streep faria nessa situação'", conta Amy, sorrindo. "Eu nunca serei Meryl Streep, mas ela consegue combinar carreira e família de uma maneira tão exemplar. Para mim é muito importante sempre prestar atenção nela", conta a atriz.

Em Curvas da Vida, Amy faz par romântico com o ator/cantor Justin Timberlake, que vive Johnny, um olheiro de beisebol no início de carreira que um dia já foi o pupilo de Gus, mas agora é visto como concorrente. É uma história de amor a primeira vista que mostra Timberlake como um rapaz romântico, apaixonado e bem tranquilo.

Só elogios

Amy Adams não dispensou bons adjetivos sobre o marido e todos os atores que trabalharam com ela e, ao falar sobre o brasileiro Walter Salles, diretor do filme Na Estrada, adaptação do clássico de Jack Kerouac, não foi diferente: "foi fantástico, foi meu primeiro trabalho depois de ter minha filha. Ele foi tão maravilhoso na maneira de criar o ambiente de trabalho, tão gentil no set de filmagens. Isso me deixou mais à vontade na criação do personagem. Eu realmente gostei muito da experiência", finalizou.

Fonte: Terra
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