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Tribunal de Los Angeles rejeita pedido de Polanski para encerrar seu caso

24 dez 2014 - 19h17
(atualizado em 27/12/2014 às 10h31)
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Um tribunal de Los Angeles rejeitou nesta quarta-feira um pedido da defesa do cineasta Roman Polanski para encerrar definitivamente o caso de estupro de uma menor do qual foi acusado em 1977 e que lhe impede pisar em solo americano.

Os advogados do diretor de "Chinatown" tinham apresentado em meados desse mês perante a Corte Superior de Los Angeles um pedido de audiência para provar que Polanski foi vítima de falsos pedidos de extradição por parte das autoridades dos Estados Unidos.

Segundo um dos advogados, Bart Dalton, "os verdadeiros fatos e circunstâncias em torno do encarceramento de Polanski e sua decisão de deixar o país em 1978 resultaram diretamente de um mau comportamento judicial e processual".

No entanto, segundo meios de comunicação americanos, o tribunal decidiu que o pedido da defesa do cineasta não podia ser aceito porque Polanski continua sendo um foragido da Justiça dos EUA após ter reconhecido uma relação sexual com uma menor há 37 anos.

Polanski, de 81 anos, foi denunciado por violentar Samantha Geimer, uma mulher que então tinha 13 anos, após uma sessão fotográfica em Los Angeles em 1977, e fugiu no ano seguinte para a França, de onde não pode ser extraditado, para evitar um julgamento nos EUA.

O diretor de "O Pianista" contratou recentemente o advogado Alan Dershowitz, que conduziu os casos de Julian Assange e do jogador de futebol americano O.J. Simpson, para que o ajude a encerrar definitivamente este caso, uma vez que Samantha Geimer afirmou em suas memórias que já o perdoou.

Em 1977, Polanski se confessou culpado da acusação de "relação sexual ilegal com uma menor" e passou 42 dias na prisão sob avaliação psiquiátrica como parte de um pacto, mas, quando soube das intenções do juiz Laurence J. Rittenband de impor uma condenação mais dura, decidiu abandonar o país.

Em outubro deste ano, a Justiça polonesa desprezou o pedido de detenção formulada pelos Estados Unidos para o diretor, presença constante nas listas de pessoas reivindicadas pela Interpol, e que desde 1978 não retornou aos Estados Unidos.

EFE   
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