Veneza 2006

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Quinta, 27 de julho de 2006, 13h17 

Festival de Cinema de Veneza aposta em estréias mundiais

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O Festival de Cinema de Veneza deste ano vai apostar alto ao exibir, na competição oficial, apenas filmes que farão sua estréia mundial no evento, disseram os organizadores na quinta-feira, ao anunciar a lista de competidores no concurso cinematográfico mais antigo do mundo.

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"É uma aposta porque existe o risco de não dar certo", disse Marco Muller, diretor da 63a. edição do festival, que começa em 30 de agosto.

"Mas o sucesso nas bilheterias e no Oscar dos filmes que estrearam em Veneza no ano passado nos levaram a fazer esta escolha, pela primeira vez na história do festival", disse ele em coletiva de imprensa concedida em Roma.

Dos filmes exibidos no ano passado em Veneza, tanto na competição oficial quanto nas seções paralelas, 23 acabaram por ganhar indicações ao Oscar, embora o romance gay O Segredo de Brokeback Mountain, que ganhou o prêmio máximo em Veneza, surpreendentemente deixou de conquistar o cobiçado Oscar de melhor filme.

Quatro filmes de Hollywood repletos de grandes nomes ¿ incluindo A Dália Negra, de Brian De Palma, que vai abrir o festival ¿ vão competir pelo Leão de Ouro este ano, ao lado de 17 outros filmes de diretores como Stephen Frears, Alfonso Cuarón e Alain Resnais.

Fora da competição principal, alguns dos títulos que mais chamam a atenção incluem World Trade Center, de Oliver Stone, Inland Empire, de David Lynch, e Belle Toujours (uma sequência do clássico de Luis Buñuel A Bela da Tarde), de Manoel de Oliveira.

Tapete Vermelho
Scarlett Johansson, Hilary Swank, Sharon Stone, Demi Moore, Adrien Brody, Michael Caine, Anthony Hopkins e Clive Owen são algumas das celebridades que devem passar pelo tapete vermelho durante o evento de dez dias, no qual serão exibidos ao todo 62 filmes.

Além de Hollywood, o festival dará destaque ao cinema asiático e também vai proporcionar bastante espaço ao cinema italiano, que estará representado por dez trabalhos, dois dos quais na competição principal.

O Festival de Veneza tem sido objeto de controvérsias e problemas de organização, além do financiamento insuficiente de seu novo Palácio do Cinema, no formato de um iceberg e que custou 100 milhões de euros (127,5 milhões de dólares).

Mas Marco Muller e Davide Croff, diretor da fundação de arte Biennale, responsável pelo festival de Veneza, estão otimistas quanto ao futuro.

Muller disse que o novo governo italiano de centro-esquerda prometeu ajudar a financiar o Palácio de Cinema. E Croff minimizou a rivalidade com o novo festival internacional de cinema de Roma, cujo lançamento está previsto para outubro. Muller disse que 1.429 filmes foram oferecidos para a seleção deste ano, 300 mais do que no ano passado.

Reuters
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