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Quinta, 31 de agosto de 2006, 12h09 

Allen Coulter participa da Mostra de Veneza com "Hollywoodland"

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Allen Coulter, um dos reis das séries de TV americanas, como "Família Soprano", "A sete palmos" e "Sex and the City", apresentou-se hoje na Mostra de Veneza com a estréia de seu filme "Hollywoodland".

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Este primeiro filme de Coulter, que marcou o início do segundo dia da Mostra de Veneza, tem um ambiente parecido com o criado nesta quarta-feira, quando Brian De Palma chegou com seu "A Dália Negra".

Com o mesmo argumento do trabalho de Brian De Palma, "Hollywoodland" é a investigação de uma morte real, a do ator americano George Reeves, que fez o papel de Superman em uma série de televisão famosa nos Estados Unidos no final da década de 50.

A morte não resolvida de Reeves (Ben Affleck), leva o investigador particular Louis Simo (Adrien Brody) a conhecer detalhes da vida do ator dos anos 50, como seu tórrido romance com Toni Mannix (Diane Lane), esposa de um dos magnatas da indústria cinematográfica, Eddie Mannix (Bob Hoskins).

O filme mostra pouco a pouco os problemas trazidos pela fama, por um lado, e pela busca da verdade, por outro, duas questões bem atuais.

"Acho que esta é uma história de dois homens que buscam o sentido de sua vida por meio da fama. Por exemplo, o caso de Reeves seria o de um homem que pensaria que sua vida só tem algum valor se tem algum sucesso", afirmou Coulter em entrevista coletiva dada logo após a exibição do filme para a imprensa.

A celebridade e a fama também são buscadas pelo investigador, Louis Simo.

"Por isso, diria que é um filme sobre o mundo no qual vivemos atualmente, que está muito marcado pelo culto à fama: a necessidade que as pessoas têm, indiferente de seu trabalho, de ver sua fotografia nos jornais", disse o realizador.

Para Coulter, "Hollywood é o depósito dessa classe de pensamento.

Promove a noção de que só o encantamento e a fama devem ser valorizados" e é isso que "faz com que o filme seja uma tragédia".

A maneira como cada personagem resolve ou acaba com sua vida pode transmitir alguma moral sobre a fama, sem que o filme caia no moralismo.

Mas as várias possíveis causas da morte de Reeves, que vão do suicídio ao assassinato por diferentes pessoas, revela como pode ser difícil investigar um assassinato por meio dos fatos, das provas e dos testemunhos.

Dessa forma, "Hollywoodland" é um filme que mostra como é difícil chegar à verdade e superar as aparências, as suspeitas, as hipóteses e, principalmente, nossos preconceitos.

O segundo dia da Mostra tem um caráter marcadamente americano.

Serão exibidos hoje "As Torres Gêmeas", novo filme de Oliver Stone - sobre os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York -, e "When the Levees Broke - A Requiem in Four Acts", o trabalho de Spike Lee sobre a catástrofe do furacão "Katrina".

EFE
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