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Sábado, 2 de setembro de 2006, 19h17 

"The Queen" estréia em Veneza

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O diretor britânico Stephen Frears apresentou hoje, em Veneza, seu último trabalho, The Queen, filme que retrata os conflitos vividos pela rainha Elizabeth II após a morte da princesa Diana.

Frears, que se aproxima da intimidade do Palácio Real e das residências dos primeiros-ministros, situa a rainha interpretada por Helen Mirren entre dois extremos.

Em um dos lados está o príncipe de Edimburgo (James Cromwell), defensor de um sentido monárquico arcaico; do outro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair (Michael Sheen), que, recém chegado ao poder, quer modernizar a Grã-Bretanha, inclusive a monarquia.

No filme, Elizabeth II se opõe firmemente à idéia de um funeral público para Diana após sua morte, junto ao seu namorado Dodi al-Fayed, em um acidente automobilístico em Paris, em 31 de agosto de 1997.

No entanto, a popularidade de Diana, a quem um assessor de imagem de Blair chama de "a princesa do povo", deixou a rainha em uma posição incômoda frente à imprensa britânica, que a considera uma pessoa insensível.

Com o famoso humor britânico, Frears dirige um filme na qual mostra uma família real que não perde a pose nem quando está de roupão.

Essa pose só se rompe em uma única ocasião, quando a rainha, em sua mais absoluta intimidade, em seu sítio de Balmoral, chora.

Na entrevista coletiva posterior à exibição do filme, Frears e Mirren desmentiram que o filme tenha uma tendência política, no sentido de estar a favor ou contra a monarquia.

"O filme tenta extrair o conceito de monarquia e abordar mais o ser humano" disse Mirren, acrescentando que ainda que o longa tenha êxito, não deve provocar um debate político sobre a continuidade dessa instituição na Grã-Bretanha.

Sobre a morte de Lady Di, que segundo o filme em algum momento representou uma ameaça para a Coroa, Mirren afirmou que "algumas vezes, estas tempestades ocorrem e depois passam; não são tão graves como parecem a princípio".

EFE
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