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Ashton Kutcher testemunha em discussão sobre a exploração sexual infantil e escravidão moderna

"Eu vi coisas que ninguém deveria ver", disse o ator com a voz embargada.

16 fev 2017 - 18h27
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O ator e investidor Ashton Kutcher fez um testemunho emocionante, na última quarta-feira (15), sobre a exploração sexual infantil e escravidão moderna.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

Representando a Thorn: Digital Defenders of Children — organização fundada por ele e por Demi Moore, que se dedica a criar tecnologias para ajudar a combater o tráfico humano e a escravidão sexual infantil — o ator esteve na Comissão de Relações Exteriores do Senado, em Washington, nos Estados Unidos a fim de pedir que o governo americano dê mais atenção a essas causas.

"Isto é sobre a época, quando eu falo sobre política, que os trolls da Internet me dizem para ficar com meu trabalho diurno", começou Kutcher. "Eu gostaria de falar sobre o meu trabalho diurno. Meu trabalho diurno é ser o presidente e co-fundador de Thorn. Construímos software para combater o tráfico de seres humanos e a exploração sexual de crianças. Meu outro trabalho diurno é ser o pai de duas crianças, uma de dois meses de idade e outra de dois anos de idade", disse o ator, se referindo aos filhos que têm com a atriz Mila Kunis.

Então, ele descreveu, com a voz embargada, operações conjuntas que sua empresa teve com o FBI na Índia, Rússia, México e nos estados de Nova Jersey e Nova York.

"Eu vi coisas que ninguém deveria ver. Vi o vídeo de uma criança que é a mesma idade que a minha filha ser estuprada por um homem americano que era um turista do sexo no Camboja. Esta criança estava tão condicionada por seu ambiente que ela pensou que estava se envolvendo em uma brincadeira."

E continuou: "Eu recebi um telefonema da minha equipe pedindo minha ajuda porque tínhamos recebido uma chamada do Departamento de Segurança Interna, nos dizendo que uma menina de 7 anos de idade estava sendo abusada sexualmente e que o conteúdo estava sendo espalhado na Dark Web... Eles a observaram por três anos e não conseguiram encontrar o criminoso e estavam nos pedindo ajuda. Éramos a última linha de defesa. Um ator e sua fundação foram a última linha de defesa."

Kutcher ainda defendeu o uso de tecnologias para ajudar a anular a escravidão, afirmando que sua organização auxiliou cerca de 6 mil vítimas em seis meses, e finalizou, dizendo: "esse é o meu trabalho diurno e ficarei com ele". Depois do testemunho, o ator comentou em seu Twitter que a causa não é só seu trabalho, mas um dever para com a comunidade global.

Assista abaixo ao depoimento na íntegra, em inglês. Para ver as principais partes do testemunho traduzidas,  clique aqui.

AdoroCinema
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