CPH:DOX 2017: Diretor de Cartel Land apresenta o (excelente) documentário definitivo sobre o Estado Islâmico
City of Ghosts, guarde este título!
Em 2015, o diretor norte-americano Matthew Heineman despontou com o impactante Cartel Land, onde desnudou o embate entre vigilantes e chefes dos cartéis mexicanos. Dois anos depois, Heineman está de volta em mais um tema explosivo: o Estado Islâmico. O
pôde ver no CPH:DOX seu novo trabalho,
, e aplaudiu de pé: nota máxima na crítica, assim como acontecera com
Cartel Land.
No penúltimo dia da nossa cobertura em Copenhague, assistimos a mais dois documentários. A partir de entrevistas com pessoas mascaradas, o mexicano La Libertad del Diablo traz uma profunda expiação de dor e culpa a partir de depoimentos de pessoas que sofreram e também causaram violência, através de atos bárbaros. Bastante pesado, trata-se de um ótimo filme que também traz um retrato da violência existente no interior do México.
A programação do dia foi encerrada com Brexitannia, que busca compreender o porquê do Brexit, a saída da Inglaterra da Comunidade Europeia, ter sido aprovada pela maioria da população. A partir de uma série de depoimentos de pessoas comuns e experts, é possível formar um mosaico variado, que inclui desde problemas econômicos e políticos até o preconceito explícito contra refugiados e imigrantes. Por mais que seja interessante, trata-se também de um documentário de alcance limitado devido à proximidade do plebiscito em torno do tema.
Confira, no vídeo e no texto, o que achamos deles! Acompanhe também nossa cobertura ao CPH:DOX através do Instagram Stories!
City of Ghosts
"Talvez City of Ghosts não seja tão surpreendente quanto Cartel Land, mas com certeza trata-se de um belíssimo trabalho de um diretor que já demonstrou não ter receio de temas complexos, independente das dificuldades que tragam. Com uma edição dinâmica e ágil, superando o empecilho narrativo de muitos acontecimentos serem através de aparelhos eletrônicos, City of Ghosts é não só uma didática explicação sobre o Estado Islâmico como também um libelo à dedicação de pessoas a uma causa, sem ter a menor obrigação para tanto que não seja sua própria consciência. Um filme importante e necessário, tanto pelo lado histórico quanto pelo humano."
Nota: 5. Leia a crítica completa!
O AdoroCinema viajou a Copenhague a convite do CPH:DOX.
