'Duas horas com pessoas chorando não é um filme triste, é uma experiência insuportável', diz Michelle Williams, de Manchester à Beira-Mar (Entrevista exclusiva)
Filme é sobre uma tragédia. Ou duas.
Manchester à Beira-Mar é sobre uma tragédia. Ou duas. Depois que o irmão, Joe Chandler ( Kyle Chandler), morre repentinamente, o humilde Lee Chandler ( Casey Affleck) é forçado a voltar para sua cidade natal para cuidar do sobrinho adolescente, Patrick ( Lucas Hedges). Esse é o ponto de partida do filme.
Ao longo da projeção (sem spoiler!), descobrimos, no entanto, que houve um motivo para que Lee deixasse a tal Manchester - localizada no estado de New Hampshire, nos Estados Unidos - do título para trás. E não foi por uma causa alegre.
Contrariando as expectativas, no entanto, há (muitos) respingos de humor na história que o diretor Kenneth Lonergan ( Margaret) conta. Nem de longe trata-se de uma comédia. Mas o drama tampouco apela para o chororô sem fim.
"Casey, qual o segredo da juventude?"
" Você não vai a um funeral sem ouvir pelo menos uma piada", acredita Casey, em entrevista ao AdoroCinema, na última edição do Festival de Toronto (Toronto International Film Festival), em setembro.
" As pessoas riem em todos os tipos de situações e Kenny [o diretor] não consegue não encontrar esse humor. Seria muito pouco realista se essa situação não tivesse humor", continua o ator, que acaba de vencer o Globo de Ouro pelo papel - e é um dos mais cotados para uma vaga no Oscar.
Em bom português (ou melhor, inglês), Michelle Williams resume: " Duas horas com pessoas chorando não é um filme triste, é uma experiência insuportável". A atriz dá vida à ex-mulher de Lee, Randi Chandler.
Confira a entrevista completa no vídeo acima - e descubra o segredo da juventude do irmão mais novo do Ben Affleck, hoje com 41 anos.
Manchester by the sea (no original) estreia no próximo dia 19 de janeiro.