PUBLICIDADE

Saiba como foi a estreia da 7ª temporada de The Walking Dead

Nossa crítica de "The Day Will Come When You Won't Be", estreia da sétima temporada de The Walking Dead.

24 out 2016 - 03h16
(atualizado às 07h56)
Compartilhar
Exibir comentários
Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

ATENÇÃO: Contém spoilers.

O maior cliffhanger da temporada ganhou sua conclusão. The Walking Dead estreou sua sétima temporada nesse domingo (23), respondendo à infame pergunta que assombrou os fãs por meses. Para você, a resposta foi satisfatória?

O principal desafio da produção, tendo construído tanta tensão ao longo dos últimos mais de 200 dias desde o fim da sexta temporada, era fazer jus às expectativas que impôs. Para o bem ou para o mal (e para o desespero de muitos), é exatamente isso que The Day Will Come When You Won't Be faz, atendendo com maestria ao que se esperava.

Mais do que apenas dar seguimento à cena final da temporada anterior, a reestreia justifica a escolha de ter deixado a revelação apenas para o episódio seguinte. Toda a narrativa é construída a partir da devastação causada pela chegada de Negan (Jeffrey Dean Morgan) à história, tendo como ponto de partida o nosso protagonista Rick (Andrew Lincoln) e a mudança da sua jornada a partir de agora.

É interessante destacar o uso inteligente da montagem para desviar a grande revelação do início do episódio. A primeira cena trata-se do exato momento que sucede a(s) morte(s), e deste momento em diante, o espectador - já assombrado pelo clima tenso - viaja junto a Rick e Negan e assiste enquanto o desespero e a realização tornam-se visíveis no rosto do personagem de Lincoln - cabe destacar, em mais uma tocante atuação.

A primeira vítima

Talvez os dias fossem melhores quando a identidade das vítimas de Lucille ainda era um mistério, mas o momento da aguardada revelação também se desenrola com muito primor. Da música aos closes da câmera, tudo contribui para a entrega de uma sequência digna de The Walking Dead. O desenrolar das mortes não teme abusar do gore, que neste caso é bastante necessário - sobretudo na cena de Glenn (Steven Yeun) -, mas não deixa de ser emocionante. A principal razão disso é o foco se preocupar em mostrar as reações desesperadas dos sobreviventes, dando destaques merecidos a Eugene (Josh McDermitt) e Rosita (Christian Serratos) pela morte de Abraham (Michael Cudlitz), e a Maggie (Lauren Cohan) por Glenn.

Negan é um personagem tipicamente de quadrinhos, cheio de peripécias e que seria muito fácil se tornar caricato demais na adaptação. Aqui isto não é o caso, e a atuação de Jeffrey Dean Morgan é precisa. O personagem é extremamente sádico, mas não ao ponto de seu cinismo transparecer como um exagero. Essa é uma das características mais importantes para se construir um vilão convincente - alguém que desperte o ódio e ao mesmo tempo seja, dentro do cabível, seja real. Exatamente o que temos aqui.

No fim, o episódio não se trata exatamente das mortes. A questão é a apresentação de uma nova ordem, capitaneada por Negan, e da queda de Rick da posição de líder. As mortes, dolorosas e sentidas, são a forma através da qual a mudança estrutural e o peso do significado destas alterações serão sentidos. Tanto pelo público, que perde dois personagens queridos - um deles que estava presente desde o primeiro episódio; quanto pelos demais sobreviventes que precisam encarar este "Desagradável Mundo Novo".

"Maggie, eu vou te encontrar."

O que você achou do episódio? Deixe a sua opinião nos comentários.

The Walking Dead retorna no próximo domingo, com o episódio chamado The Well.

*O AdoroCinema publicará uma análise para cada episódio da sétima temporada de The Walking Dead, que virá após a exibição.

AdoroCinema
Compartilhar
Publicidade
Publicidade