PUBLICIDADE

Velozes & Furiosos: Roteirista revela o que teria acontecido com Brian O'Conner se Paul Walker não tivesse morrido

"...a questão central para Brian era mais um 'quem sou eu?'"

13 abr 2017 - 18h47
(atualizado às 19h18)
Compartilhar
Exibir comentários

Nesta quinta-feira (13) a franquia Velozes & Furiosos chegou ao seu oitavo capítulo de uma jornada que já dura mais de uma década e meia. A saga de ação e alta velocidade já passou por altos e baixos ao longo dos anos e tem crescido em prestígio e em retorno financeiro desde o lançamento de Velozes & Furiosos 5 - Operação Rio.

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

O maior baque ao longo desses 16 anos de estrada (desde o lançamento do primeiro Velozes & Furiosos, em 2001) foi, certamente, a morte trágica de Paul Walker, que pegou o mundo de surpresa na tarde do dia 30 de novembro de 2013.

Depois do acidente de carro que vitimou o ator quando ele estava de folga de seus compromissos nas filmagens de Velozes & Furiosos 7, a Universal Pictures precisou de um tempo para reformular o projeto, deu uma pausa na produção, pediu que o roteiro do filme fosse reescrito e decidiu tornar o longa um tributo ao eterno intérprete de Brian O'Conner.

Mas antes de Brian e Dom (Vin Diesel) seguirem caminhos distintos ao som de "See You Again", o que os roteiristas planejavam para o desfecho do filme? "Se eu me lembro bem, o final original mostraria os garotos resolvendo o problema e se tornando, novamente, foras da lei", comentou o roteirista Chris Morgan em entrevista para o site Collider. "Seria um final feliz, insinuando que eles iriam para mais um roubo, mais um trabalho."

Paul Walker e Vin Diesel em Velozes & Furiosos 7 (2015)

Morgan também afirmou que o longa iria abordar um dilema para o personagem de Walker "Mas a questão central para Brian era mais um 'quem sou eu?'. Ele é um cara que costumava ser policial, estava em momentos de ação e velocidade, e tudo isso, mas agora ele tem uma esposa incrível e filhos. Então ele começa a olhar para essa vida — e não é uma crise de meia-idade — e dizer 'sinto falta das balas, da ação', então o ponto da aventura foi mostrar, no final, que a coisa mais importante para ele era sua família e estar lá por eles. Não quer dizer que ele teria que parar com suas aventuras, mas o contexto é ligeiramente diferente, ele tem um entendimento diferente que quem é e do que realmente importa na vida".

Morgan, que roteirizou todos os filmes da franquia desde Velozes & Furiosos - Desafio em Tóquio, prosseguiu falando sobre como a morte de Walker impactou o cronograma do sétimo filme.

"Então a tragédia com Paul aconteceu no meio das filmagens. Tínhamos várias cenas de ação com ele, mas não tantas sequências dramáticas, então isso seria impossível de conseguir. Então tivemos um momento real que, não apenas estávamos emocionalmente devastados, mas havia a questão se seria realmente possível terminar o filme. Realmente pensamos em encerrar tudo, mas tiramos um tempo e todos tiveram a chance de viver o luto. Em termos da história, é mais ou menos a mesma coisa. A única coisa é que realmente deixamos Brian e Mia serem apenas uma família, tirando os elementos de ação de suas vidas, e acabando com esse risco quando a família é tão importante para eles, de outra forma, apenas teríamos continuado com o personagem se ajustando um pouco".

Em Velozes & Furiosos 8Dominic Toretto (Vin Diesel) é seduzido de volta ao mundo do crime pela misteriosa hacker Cipher (Charlize Theron), que chantageou o líder do esquadrão. A direção é de F. Gary Gray (Straight Outta Compton: A História do N.W.A.) e o elenco conta com Dwayne JohnsonKurt RussellJason StathamMichelle RodriguezTyrese Gibson, Ludacris e Helen Mirren.

AdoroCinema
Compartilhar
Publicidade
Publicidade