PUBLICIDADE

Emma Stone, a grande favorita ao Oscar contra Huppert, Portman e Streep

23 fev 2017 - 14h34
Compartilhar
Exibir comentários

Emma Stone é a favorita para ganhar o Oscar de melhor atriz, uma categoria muito disputada cuja seleção final de indicadas deixou fora trabalhos brilhantes como os de Annette Bening ("Mulheres do Século 20"), Amy Adams ("A Chegada"), Jessica Chastain ("Armas na Mesa") e Taraji P. Henson ("Estrelas Além do Tempo").

EMMA STONE, o encantamento de "La La Land: Cantando Estações".

Esta é a segunda indicação de Emma Stone (foi indicada como coadjuvante por "Birdman") e a primeira nesta categoria. No papel de Mia, uma jovem aspirante à atriz, ela canta, dança e se apaixona na obra de Damien Chazelle, um musical para o qual ensaiou durante quase três meses e aproveitou a experiência anterior no teatro com a peça "Cabaret".

A química da atriz com Ryan Gosling - com quem já havia contracenado em "Amor a Toda Prova" e "Caça aos Gângsteres" - é um dos pontos fortes do filme. Emma Stone atua com destreza e talento nas coreografias da história, seja nas colinas de Hollywood ou no Observatório Griffith.

Emma Stone é o motor, o coração e a alma do filme, tanto que recebeu o Globo de Ouro, o Bafta e o prêmio do Sindicato dos Atores dos EUA por uma personagem com a qual mantém certos paralelismos, já que na vida real também passou anos tentando mostrar talento em diversas audições e nunca perdeu a esperança apesar das negativas.

ISABELLE HUPPERT, a primeira indicação pela monumental "Elle".

Apesar de ter gravado mais de cem de filmes ao longo da carreira e ter se tornado um ícone no cinema, veio com "Elle" a primeira indicação ao Oscar para Huppert, que já ganhou o Globo de Ouro e os prêmios da crítica de Los Angeles e Nova York.

O papel de Michèle Leblanc, uma mulher que busca vingança após sofrer uma brutal agressão sexual, foi rejeitado por várias famosas atrizes de Hollywood que o consideraram muito arriscado quando o projeto se tornou uma produção americana.

Atriz xodó do diretor Claude Chabrol e símbolo da liberdade sexual feminina no cinema, Isabelle Huppert pode levar, aos 63 anos, a estatueta dourada como reconhecimento a uma das trajetórias mais fascinantes da sétima arte.

NATALIE PORTMAN, um fascinante retrato da tragédia em "Jackie".

A ganhadora do Oscar por "Cisne Negro" e indicada por "Closer: Perto Demais" volta à disputa com "Jackie", de Pablo Larraín, que aborda a morte de John Fitzgerald Kennedy do ponto de vista de sua esposa, Jackie, que estava sentada ao lado quando o presidente americano foi atingido por tiros em Dallas e se tornou viúva com apenas 34 anos.

"Jackie" é possivelmente o maior desafio da carreira da atriz, que chegará à cerimônia do Oscar em avançado estado de gestação e que recebeu grandes elogios da crítica pelo trabalho no filme, especialmente pela forma como aperfeiçoou o sotaque da ex-primeira-dama, sua fragilidade e sua essência.

O papel rendeu os prêmios da Associação de Críticos de Chicago, Dallas-Fort Worth, Denver, Geórgia, Houston, Kansas City, North Texas, Phoenix e Washington DC, assim como os reconhecimentos do festival de cinema internacional de Palm Springs e da sociedade de críticos da internet.

RUTH NEGGA, dignidade frente ao racismo em "Loving".

Nascida na Etiópia e criada na Irlanda, Ruth Negga, indicada pela primeira vez ao Oscar, é a menos conhecida das candidatas nesta categoria, embora brilhe no papel de Mildred Loving, uma americana negra casada com um homem branco no estado da Virgínia na década de 1950, onde eram proibidos os casamentos inter-raciais.

Ao se casarem em 1958, os Loving violaram as leis contra o casamento inter-racial da Virgínia, por isso foram obrigados a deixar o estado natal para não serem presos, situação que a atriz recria com realismo e emoção.

Este filme representa um grande salto para Negga, uma artista de 35 anos que sempre teve objetivos claros - alugava clássicos do cinema para assistir às noites das sextas-feiras quando adolescente - e que conta com muitos fãs graças aos papéis nas séries "Agents of SHIELD" e "Preacher".

MERYL STREEP, a rainha segue em forma com "Florence: Quem é Essa Mulher?"

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que Meryl Streep é "superestimada", mas o certo é que com esta nova indicação, a atriz chega às 20 candidaturas, a 16ª como protagonista, e supera em oito Katharine Hepburn, a segunda na lista de mais indicados, com 12 menções.

Streep levou o Oscar por "A Escolha de Sofia" (1982), "A Dama de Ferro" (2011) e também pelo papel de coadjuvante em "Kramer vs. Kramer" (1979).

Em "Florence: Quem é Essa Mulher?" A atriz interpreta uma herdeira que tenta obsessivamente se tornar uma cantora de ópera em Nova York, sem qualquer afinação, para o sofrimento dos ouvidos do público.

A atriz consegue unir humor, ternura e autenticidade ao papel. Caso conquiste o Oscar, Meryl Streep igualará o recorde de Hepburn de quatro estatuetas.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade