61º Festival de Cannes

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61º Festival de Cannes

Segunda, 19 de maio de 2008, 12h19 Atualizada às 13h57

Cannes: problemas de mercado não atrapalham comércio de filmes

O Festival de Cinema de Cannes chegou à metade nesta segunda-feira, e executivos de todo o mundo começaram a contabilizar os custos de uma economia mundial abalada por uma crise de crédito que já dura nove meses e seu impacto sobre o show business.

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A resposta de vários participantes foi que, embora os custos de festas e jantares tenham subido muito, a atividade comercial vem sendo mais ou menos igual à do mercado de filmes do festival de Cannes 2007.

Executivos disseram que enfrentam problemas globais mais graves que a recessão que ameaça a economia mundial: pirataria, a estagnação das vendas de ingressos nos cinemas, a retração das vendas de DVDs e a concorrência da Web e dos videogames.

Nos EUA, o número de ingressos vendidos subiu muito pouco: de 1,395 bilhão em 2006 para 1,4 bilhão em 2007.

Nos países da União Européia, os ingressos vendidos caíram de 931,5 milhões em 2006 para 919,4 milhões no ano passado, e no Japão os números foram 164,5 milhões em 2006 e 163,2 milhões em 2007.

Mas, para quem quer passar à frente da concorrência, há uma resposta-chave que é tão eterna quanto o próprio show business, segundo os especialistas: se você tem um bom filme a oferecer, os compradores virão bater à sua porta. Se não, adeus.

"A retração não tem sido tão grande porque existe uma demanda por filmes comerciais. Logo, se você tem um produto, as pessoas virão comprá-lo", disse Helen Lee-Kim, presidente da Mandate International (parte da Lionsgate), vendedora de títulos como a comédia Whip It!, estréia na direção da atriz Drew Barrymore.

Em Cannes, o maior evento do mundo no que diz respeito à compra e venda de filmes, muitas companhias previam que o valor relativamente alto do euro com relação ao dólar americano e outras moedas baratearia seus filmes.

Mas muitos vendedores disseram que a demanda não aumentou muito porque, embora os distribuidores queiram comprar, estão tomando cuidado para não gastar demais.

As flutuações das divisas levaram as despesas promocionais e outras a subir entre 15 e 40 por cento em relação ao ano passado. Mas muitos estúdios disseram que estão gastando o que é preciso.

"Não reduzimos quase nada porque ainda precisamos promover nossos filmes", disse Philippe Diaz, co-fundador do Cinema Libre Studio, cujos títulos incluem Bloodline, que analisa a idéia de que Jesus teria tido um filho com Maria Madalena.

Reuters

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