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Astros como Tom Hanks e Penélope Cruz chamaram a atenção no tapete vermelho do Festival de Cinema de Cannes esta semana, mas o evento também vem sediando negociações agitadas pelos direitos de exibição de filmes em várias partes do mundo.
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O grande público conhece o maior festival de cinema do mundo sobretudo pelas imagens de celebridades cercadas por paparazzi e equipes de televisão. Entretanto, a portas fechadas ou em volta de uma garrafa de champanhe num iate de luxo, a conversa gira em torno de dinheiro. Este ano, mais do que nunca, os envolvidos nessas conversas estão tendo que levar em conta as transformações tecnológicas advindas na Internet e aparelhos como o iPod.
Apesar da ligeira queda verificada nas bilheterias em 2005, em nível mundial, a demanda vem sendo grande por filmes em diversos setores, incluindo o DVD.
E os executivos do setor presentes em Cannes continuam animados com os novos campos de crescimento, que incluem os downloads da Internet e no celular.
"Praticamente todas as sessões de filmes têm estado lotadas, e nossas reuniões se estendem das 8 da manhã às 7 ou 8 da noite, todos os dias", comentou Jonathan Deckter, presidente da australiana Arclight Films.
O Marché du Film deste ano teve 8.600 participantes, um aumento de 8% em relação ao ano passado, e os organizadores do festival prevêem que esse número ainda possa subir para 10 mil.
Mais de 4.400 filmes serão exibidos em Cannes dentro dessa feira de filmes. A maioria dos filmes exibidos, como Mission: Sex Control, o terror Dead Men Walking ou o drama vietnamita Pao's Story, pode nunca chegar aos cinemas. É mais provável que sejam vistos em DVD, vídeo ou televisão.
PREÇOS EM ALTA
Vários executivos disseram que a forte demanda ajudou a elevar os preços dos filmes, mas compradores e vendedores observam que os direitos de exibição variam muito dependendo do gênero da obra, sua qualidade, seus atores e os países envolvidos em sua produção.
Um filme produzido por entre US$ 6 e 12 milhões pode conseguir entre US$ 400 mil e 850 mil por seus direitos na França, mas, no Chile, o mesmo filme será vendido por entre US$ 40 mil e 60 mil.
Uma questão que vem deixando perplexos muitos compradores e vendedores é quanto pagar ou cobrar pelo direito de descarregar filmes na Internet e exibi-los em celulares e aparelhos como o iPod, da Apple.
Como esses direitos e os detalhes desses contratos ainda não estão claros para os executivos, a Aliança de Cinema e Televisão Independente (IFTA), dos EUA, divulgou um conjunto de diretrizes para contratos de distribuição em aparelhos sem fio, que oferece a produtores e distribuidores em todo o mundo.
Outra novidade dos últimos anos que vem ganhando destaque é a entrada de dinheiro de fundos de capital privado para produzir filmes feitos fora de Hollywood.
Para os investidores que não temem riscos, os filmes independentes podem oferecer retornos enormes. O romance sobre caubóis gays O Segredo de Brokeback Mountain, por exemplo, custou cerca de US$ 14 milhões para ser feito, mas ganhou 178 milhões de dólares nas bilheterias internacionais.
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