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Cannes 2006
Terça, 23 de maio de 2006, 19h07 
Almodóvar ainda lidera as apostas em Cannes
 
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Babel, filme do mexicano Alejandro González Iñárritu, entrou na disputa nesta terça-feira no Festival de Cannes e muitos o consideram firme candidato à Palma de Ouro, mas é Volver, do espanhol Pedro Almodóvar, que lidera até agora os prognósticos.

Veja o especial de Cannes 2006

Os jornais especializados, que reúnem um júri de críticos para avaliar os filmes à medida que são apresentados no Festival, apontavam nesta terça-feira para Almodóvar, mas nem Babel nem a segunda obra em competição do dia, Flandes, do francês Bruno Dumont, haviam sido avaliadas.

No ranking da revista especializada The Screen, feito por um júri internacional de críticos que avaliam os filmes (de zero a quatro palmas), Volver lidera a classificação com 34 palmas, seguida de Los Climas, do turco Nuri Ceylan (28), e Las luces del barrio, do finlandês Aki Kaurismaki (27).

Os 15 críticos franceses consultados pela revista Le film français consideram Volver o filme favorito, seguido de perto por El caimán, do italiano Nanni Moretti.

No entanto, depois da projeção de Babel, os prognósticos oscilavam e muitos jornalistas ficaram divididos entre este filme e Volver.

É verdade que oito filmes em competição pela Palma de Ouro ainda não foram exibidos, entre eles o muito esperado Maria Antonieta, de Sofia Coppola, programado para quarta-feira.

Com Babel, González Iñárritu continua a reflexão sobre a fragilidade e a incapacidade de comunicação dos homens, iniciada com Amores perros (Amores brutos) e 21 gramas. Assim como nesses filmes, Iñárritu contou com a colaboração do roteirista e escritor Guillermo Arriaga.

Como em suas outras obras, González Iñárritu conta uma série de histórias que se cruzam a partir de um acidente, mas desta vez essas narrativas ocorrem a milhares de quilômetros umas das outras, em três continentes distintos.

Babel também é um filme formalmente mais clássico. Nele, González Iñárritu abandona a narração fragmentada das histórias anteriores, dando-lhes um caráter muito mais linear.

A trama desenvolve-se no Marrocos, Estados Unidos, México e Japão e em quatro idiomas distintos. Na Babel do cineasta mexicano, a dificuldade de comunicação não reside na diversidade lingüística, como era o caso na torre bíblica, mas na incapacidade profunda de os homens entenderem o outro.

O homem é frágil e, num segundo, um fato acidental pode mudar muitas vidas. Uma vez mais, este é o ponto de partida de González Iñárritu.

No deserto marroquino, dois garotos pastores que brincam irresponsavelmente com um fuzil vão transformar a vida de muita gente: as de uma turista americana (Cate Blanchett), que é ferida, e de seu marido (Brad Pitt), a dos filhos do casal e a da babá (Adriana Barraza) na Califórnia, a do sobrinho desta (Gael García Bernal) e a de uma adolescente japonesa surdo-muda

O cineasta descreve a dificuldade de comunicação entre as pessoas num mundo de "excesso de comunicação" e informação globalizada. Mas González Iñárritu não quis fazer "uma radiografia do mundo".

"Tentei mostrar o que acontece com a gente. Quis fazer um filme sobre os prejuízos".

"O homem tende a pensar que o outro é uma ameaça. A incompreensão não é apenas entre os países, mas também entre pai e filho, entre marido e mulher. Não somos capazes de escutar o outro, de compreendê-lo, quis abordar isto no filme", declarou, lembrando que "os homens são iguais, seja qual for o país em que vivem".

Cannes descobriu nesta terça-feira outro filme mexicano, Drama/Mex, de Gerardo Naranjo, apresentado na Semana da Crítica, assim como o espanhol Salvador, de Manuel Huerga, na sessão Um Certo olhar, e o argentino Fantasma, de Lisandro Alonso, na Quinzena dos Realizadores.

Esta terça-feira foi um dia intenso para o cinema latino-americano, que continuará mostrando seus jovens talentos na quarta-feira, com El violín, primeira obra de outro diretor mexicano, Francisco Vargas.
 

AFP

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