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Cannes 2006
Quarta, 24 de maio de 2006, 13h27 
Filmes exibidos em Cannes questionam o papel da pornografia
 
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Alguns diretores presentes ao Festival de Cinema de Cannes este ano dizem utilizar imagens radicais de sexo para contestar a pornografia comercial e sua ampla disponibilidade na Internet.

Vários cineastas dizem que, hoje, a pornografia na Internet é o único elemento a moldar a percepção que muitos jovens têm do sexo. Em muitos casos, ela toma o lugar dos relacionamentos físicos reais.

"Existem jovens que vêem pornografia desde pequenos, antes mesmo de poderem fazer sexo", comentou Larry Clark, um dos diretores do excêntrico Destricted, uma compilação de histórias explícitas que giram em torno do sexo.

Em seu curta-metragem Clark entrevista rapazes, perguntando sobre suas preferências sexuais, e deixa um candidato aparecer ao lado de sua atriz pornô favorita.

"Quando eu era menino, ninguém me falava nada. Hoje as pessoas podem encontrar o que quiserem na Internet. Os jovens olham a pornografia e pensam que é assim que se faz sexo", disse Clark, observando que seu filme é educativo.

O diretor norte-americano John Cameron Mitchell, que levou o filme Shortbus a Cannes, concorda que, cada vez mais, os jovens vêm usando a Internet para substituir o sexo real.

Em Shortbus ele reuniu um elenco de atores não profissionais que faz sexo e masturbação em cenas explícitas na tela, numa tentativa de desmistificar o assunto.

Mitchell não considera seu filme pornográfico. E a maioria dos jornalistas que assistiu ao filme concordou que Mitchell conseguiu retirar boa parte do erotismo do sexo.

O diretor disse que os EUA têm uma visão puritana do sexo, o que faz do tema um assunto complicado na cabeça dos jovens. Em uma cena especialmente provocante de seu filme, três rapazes gays fazem sexo enquanto cantam o hino nacional dos EUA.

Já o cineasta Michael Winterbottom usou o sexo real em seu filme 9 Canções, de 2004.

O diretor dinamarquês Anders Morgenthaler recorreu à animação para criticar a indústria pornográfica em seu filme Princess, que provocou choque ao retratar violência e abuso infantil.

Ele conta a história de um padre determinado a destruir todos os filmes de sua irmã falecida, uma atriz pornô, e a cuidar de sua filha, uma menina traumatizada de 5 anos.

"Optei pela animação pela razão óbvia de que, se eu tivesse feito um filme de ação ao vivo, o público provavelmente abandonaria as salas. Seria apavorante ver uma criança passar por tudo isso", disse Morgenthaler à Reuters.

"Decidi fazer um filme sobre a influência da pornografia sobre a sociedade porque vejo a pornografia abrir caminho em tudo, de roupas a brinquedos. Existe uma ''maneira pornô'' de vender coisas que vende muito bem. Eu me revolto profundamente contra o papel da pornografia".

A co-produção anglo-norueguesa Free Jimmy terá cenas de sexo digital, e o ex-ator pornô HPG faz o papel de um ator pornô que tenta conseguir um papel em filmes normais em "We Should Not Exist".
 

Reuters

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