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Segunda, 14 de maio de 2007, 08h43 Atualizada às 14h25 Semana da Crítica de Cannes mostrará três produções brasileiras |
A Semana Internacional da Crítica do Festival de Cannes deste ano contará com a participação de um longa e dois curtas-metragens brasileiros. Os filmes integrarão uma seleção de produções da América Latina.
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Os representantes brasileiros são o longa A Via Láctea, de Lina Chamié, e os curtas Um Ramo, de Juliana Rojas e Marco Dutra, e Saliva, de Esmir Filho. Mostra paralela do Festival de Cannes, a Semana da Crítica tem como "embaixador" de sua 46ª edição o ator mexicano Gael García Bernal.
No entanto, "o tom latino-americano da programação da Semana neste ano não se deve ao convite a Gael para ser embaixador", mas o contrário, declarou Jean-Christophe Berjon, delegado geral da Semana, pouco após o anúncio da seleção.
"A Semana escolhe seus filmes mediante um comitê em que todos os membros têm o mesmo peso. Eu não decido sozinho. E neste ano, a primeira escolha de cada um deles contenhia vários filmes latinos. Para ser honesto, poderíamos ter feito uma seleção exclusivamente latina", porque o "cinema jovem na América Latina está em plena ebulição" e a qualidade das obras recebidas "nos deixou surpresos e convencidos".
"Uma vez que vimos que a edição seria latina, a proposta de Gael como embaixador ficou mais forte", acrescentou. Déficit, primeiro filme dirigido por Gael García Bernal, faz parte da homenagem ao ator mexicano.
Diante da qualidade do cinema latino-americano "pode parecer paradoxal que na seleção oficial no concurso do Festival de Cannes só tenha um único filme da região (Luz silenciosa, do mexicano Carlos Reygadas), mas a contradição é só aparente", afirmou Berjon, que mencionou problemas de calendário dos cineastas confirmados após uma forte presença no ano passado.
"Quanto aos diretores jovens, a Semana lhes fornece um espaço ideal para que se conheçam. Nós acreditamos que temos aqui uma geração que tem algo a dizer", comentou. Berjon falou com entusiasmo de cada um dos filmes selecionados, em que o tema da identidade é recorrente.
A Via Láctea, da brasileira Lina Chamié, é um filme "totalmente diferente de qualquer outro", um "fogo de artifício cinematográfico que pode desconcertar o espectador, mas, também, entusiasmá-lo".
Párpados Azules, do mexicano Ernesto Contreras, é um "filme desesperado sobre a identidade de pessoas que se sentem mal, mas não é uma obra dura e sim agridoce". XXY, da argentina Lucía Puenzo, trata "de um caso clínico narrado de forma original e novelesca". Mas, "em outro nível, é uma parábola magnífica sobre a identidade no momento de passagem para a idade adulta".
O Assaltante, do argentino Pablo Fendrik, um "exercício de estilo impressionante, mas não gratuito", em que o espectador "é apanhado pelo personagem", foi um verdadeiro "impacto" para os selecionadores. Malos hábitos, do mexicano Simón Bross, é um filme "brilhante e singular".
A presença latino-americana na Semana se completa com os dois curtas brasileiros: Um Ramo, de Juliana Rojas e Marco Dutra, e Saliva de Esmir Filho. O delegado geral da Semana elogiou dois filmes espanhóis da seleção: El Orfanato, de Juan Antonio Bayona, e Yo, de Rafa Cortés.
Com duas exceções, todas as obras selecionadas este ano são trabalhos de iniciantes, o que confirma a vocação para descobrir novos talentos da Semana da Crítica, a sessão paralela mais antiga do Festival de Cannes.
Entre os diretores que a Semana revelou estão o mexicano Alejandro González Iñárritu, com o filme Amores Brutos, com García Bernal como protagonista, selecionado e premiado em 2000. Muitos outros diretores hoje considerados grandes cineastas foram descobertos nesta mostra, entre eles Bernardo Bertolucci, Barbet Schroeder, Ken Loach, François Ozon e Wong Kar Wai.