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Sábado, 19 de maio de 2007, 12h42 Atualizada às 14h32 Michael Moore tem recepção calorosa em Cannes |
O documentário Sicko, um feroz ataque do diretor Michael Moore ao sistema de saúde norte-americano, teve uma recepção calorosa durante apresentação na manhã deste sábado, no 60º Festival de Cinema de Cannes. Nos Estados Unidos, a produção iniciou uma tormenta.
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O filme estréia somente em junho, mas já vem sendo criticado por políticos conservadores e desencadeou uma investigação nos Estados Unidos que pode fazer Moore passar um bom tempo na prisão.
"Sei que uma tempestade me aguarda quando voltar aos Estados Unidos, disse Michael Moore ao retribuir elogios de críticos e jornalistas após a primeira exibição aberta do documentário, em Cannes.
O diretor realizou, na última terça-feira, uma sessão privada para um grupo de funcionários que participou do resgate às vítimas do atentado de 11 de setembro, que inspiraram o documentário.
Trabalhos anteriores de Michael Moore têm sido elogiados e criticados ao mesmo tempo. O mesmo acontece com Sicko. Os americanos estão divididos com relação ao documentário, especialmente com relação às cenas em que o diretor leva bombeiros do resgate no 11 de setembro para se tratarem em Cuba.
A viagem levou o departamento do Tesouro dos Estados Unidos a investigar a possibilidade de Moore ter descumprido as leis de embargo comercial sobre Cuba. Ele precisaria de autorização do governo americano para filmar no país. Alguns acham que as investigações vão ajudar a promover o filme, mas Moore discorda.
"Estou sendo pessoalmente investigado e posso acabar na prisão. Então, não considero isso uma boa publicidade", afirmou ele.
Aconselhado por seus advogados, ele enviou a cópia original de Sicko para fora dos Estados Unidos, caso o governo decida confiscar o material.
Moore é reverenciado em Cannes. Seu último filme, o documentário Fahrenheit 9/11, conquistou a Palma de Ouro em 2004. Sicko, porém, está fora da competição. O diretor brincou dizendo que não quer parecer um "típico americano ganancioso" que só busca outro troféu.
O diretor afirmou saber que Sicko terá inimigos, especialmente entre os adeptos do presidente George W. Bush e responsáveis pela Saúde, que ele acusa de abandonarem os doentes americanos.
Ironicamente, Moore disse querer que Sicko seja um filme mais reflexivo do que Tiros em Columbine e Fahrenheit 9/11.
"Decidi fazer um filme diferente desta vez. Quis dar um tom diferente e dizer coisas de maneira diferente. Cansei de polemizar e não chegar a lugar nenhum", disse ele.
O momento mais emocionante é a seqüência em que Michael Moore leva os bombeiros americanos para visitar um hospital cubano. Ele assegura que as críticas sobre a viagem a Cuba são descabidas. Sua intenção, segundo ele, era levar os trabalhadores à base militar americana de Guantanamo, onde estão presos suspeitos de terrorismo, e mostrar que os detentos tem acesso a um excelente sistema de saúde.
"O objetivo não foi ir a Cuba, mas ir à América, a solo americano... Estar em Cuba foi apenas um acidente", falou ele.
Moore espera que os espectadores de Sicko atentem à mensagem que ele passa e não dêem atenção à controvérsia da viagem. Ele afirma que é um "alerta para que os americanos ajam" e trabalhem para melhorar a sociedade.
"O maior dilema do filme é descobrir que tipo de pessoas nós somos para a sociedade. Por quê permitimos que cerca de 50 milhões de americanos saiam de casa sem qualquer tipo de plano de saúde. Essa não é a América que eu quero ver existir", desabafou.