Festival do Rio 2008

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Festival do Rio 2008

Sábado, 27 de setembro de 2008, 13h03 Atualizada às 13h25

Diretor de novelas não evita que filme pareça TV na tela grande

Marcelo Lyra
Direto do Rio

Dono de um extenso currículo dirigindo novelas como Sete Pecados, da Globo, Jorge Fernando até que se esforçou para não deixar seu novo filme, A Guerra dos Rocha, com cara de TV na tela grande. A câmera se movimenta bastante, de forma elegante e sofisticada, com freqüência recorrendo a planos longos e enquadramentos amplos, dentro da receita clássica de cinema.

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O problema é que o roteiro tem cara de sitcom, parecendo uma espécie de A Grande Família com toques melodramáticos. A presença de Lúcio Mauro Filho no elenco só reforça essa associação. Além disso, Diogo Vilela parece que saiu direto da série Toma Lá Dá Cá. Resumindo, é inevitável não achar que tudo parece mesmo televisão.

A trama parecia promissora, com a história da mãe desastrada (feita por Ary Fontoura) que é constantemente expulsa das casas dos filhos com quem vai morar. Mas a boa idéia logo se perde, com a mãe sendo envolvida numa patética história de seqüestro, onde a tentativa de humor está em drogar os bandidos.

Fontoura no papel de mulher tem um desempenho que lembra Tony Ramos em Se Eu Fosse Você, equilibrando-se numa corda bamba (ou melhor, salto alto), entre bons momentos e outros bem tolos. As piadas são muito fracas e não deixa de ser curioso constatar que o público não só ri de qualquer palavrão, como também das manjadas cenas de pastelão.

O diretor Jorge Fernando faz uma constrangedora ponta dando um show no palco, como uma drag queen, cantando em tons agudos. Enquanto ele dança, a vovó Ary Fontoura olha para a tela e diz: "é viado!". E o público cai na gargalhada. Justiça seja feita, apenas metade do público, o que deixa alguma esperança na humanidade.

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