Festival do Rio 2008

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Festival do Rio 2008

Segunda, 29 de setembro de 2008, 12h22 Atualizada às 12h23

Subir ao palco como diretor é muito diferente, afirma Nachtergaele

Marcelo Lyra
Direto do Rio de Janeiro

Minutos após a primeira exibição de seu filme, A Festa da Menina Morta, no Rio de Janeiro, Matheus Nachtergaele ainda estava muito nervoso. Por ele, nem daria entrevistas. "Estou tenso, nem sei se consigo falar algo que preste, exibir o filme aqui, com tanta gente conhecida, é muito difícil, você não tem idéia", disse ele.

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» Camila Pitanga aplaude Matheus Nachtergaele

De fato, a sessão das 20h deste domingo, no Cine Palácio, foi uma das mais concorridas do Festival Rio 2008 até agora. A despeito da chuva e do frio, a sala estava lotada e centenas de pessoas ficaram de fora.

Depois de receber abraços e elogios de inúmeros amigos presentes, como Alessandra Negrini, Dira Paes, Alceu Valença, Camila Pitanga, Lucélia Santos, Walter Carvalho, Malu Mader e outros ele, já mais calmo, aceitou conversar com exclusividade com a reportagem do Terra.

Você já esteve tantas vezes nesse palco como ator, e no entanto vários colegas seus comentaram que nunca o tinham visto tão nervoso. Qual a maior dificuldade nessa hora?
Não sei explicar. Esta é a cidade que escolhi para morar, quase todas as pessoas que amo estavam na sessão, diretores com quem trabalhei. Eu tinha medo que não gostassem, pois é um filme muito pessoal, com cenas fortes.

Nem era preciso ficar tão tenso, pois a reação foi positiva. O público aplaudiu muito.
Sim, é facil falar isso agora, mas antes ninguém poderia me garantir isso. Este é meu primeiro filme como diretor. Nunca tinha dirigido nem um curta-metragem antes. O que posso dizer é que subir ao palco como ator é muito mais fácil. Você não tem tanta responsabilidade. Neste filme não. Eu sou o diretor, escrevi o argumento, escrevi o roteiro em parceria com o Hilton Lacerda. Tudo que está na tela é de minha responsabilidade, escolhi os atores. Então, sabia que toda a cobrança viria para o diretor. Isso é uma coisa nova, e está sendo um aprendizado.

Mas você fez questão de agradecer toda a equipe.
Cinema é um trabalho coletivo. Sem minha equipe, meus parceiros, todos eles, eu não conseguiria ter feito esse filme.

Como você viu o trabalho do Daniel Oliveira? Em muitos momentos, a impressão era que parecia muito com você em cena.
É verdade. Ele é um ator muito bom. Quando eu estava procurando o ator para viver esse papel, tinha na minha cabeça que eu precisava de um ator de possessão, um ator que combinasse técnica e possessão. Acho que o Daniel tem isso de uma forma muito forte, desde os primeiros testes eu não tinha dúvidas que o resultado seria muito bom.

Especial para Terra

Andre Muzell/Photo Rio News
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