Marcelo Lyra
Direto do Rio
Depois de estrear na direção com o elogiado documentário Paulinho da Viola - Meu Tempo É Hoje, Izabel Jaguaribe exibe nesta quinta-feira, às 17h (com reprises sexta e sábado) no Festival Rio 2008, seu segundolonga-metragem, O Corpo do Rio, co-dirigido por Olívia Guimarães.
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Trata-se de uma co-produção Brasil-Argentina-França, que mostra a miscigenação étnico-cultural do Rio de Janeiro, um caldeirão de culturas, raças e religiões como raramente se vê em outras cidades do mundo.
"Procuramos mostrar essa diversidade, retratando pessoas no Carnaval, no Candomblé, na Rocinha, na Zona Sul...", conta Izabel. O documentário se interessa pelas semelhanças a partir dos contrastes.
"Mostramos a vida na Rocinha, por exemplo, onde há edifícios residenciais e favelas convivendo. No fundo é o que acontece na cidade toda. Você vê uma adolescente da zona sul, loirinha, querendo ir a festas e ao baile funk, exatamente como outra do morro", explica.
O documentário centra seu foco em cinco pontos de vista: a miscigenação, erotismo, o sagrado-profano, a violência e a celebração coletiva. "A idéia surgiu no contato com produtores franceses e pouco depois uniram-se a nós produtores argentinos".
Segundo ela, os argentinos mostraram entusiasmo com o projeto e há uma possibilidade de fazer um trabalho semelhante em Buenos Aires.
Segundo Izabel, a música é um dos alicerces do filme. "A música é uma constante no cotidiano carioca, vimos isso no candomblé, no baile funk e nas escolas de samba".
Mas há também a música da trilha sonora, que para ela, é um fio condutor fundamental. "Pontuamos a narrativa ao som de Crioula, na voz de Jorge Ben Jor, Partido Alto na voz de Caetano ou Rap da Felicidade, que são músicas que casam perfeitamente com o que está na tela".
O filme terá mais duas exibições no Festival Rio 2008 e, por conta do sucesso de seu filme anterior, Izabel já negocia para exibi-lo nos cinemas em breve.
Redação Terra
Divulgação
Corpo do Rio será exibido pela primeira vez no Festival do Rio
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