Festival do Rio 2006

Sites relacionados

Festival do Rio 2006

O Festival do Rio, como se conhece atualmente, nasceu da fusão, em 1999, dos dois mais importantes eventos cinematográficos da cidade: o Rio Cine e a Mostra Rio de Cinema.

Criado em 1984 com o objetivo de exibir filmes nacionais apresentados nos festivais de Gramado e Brasília que tinham dificuldade para chegar ao circuito carioca, o Rio Cine tornou-se um evento oficial da cidade com o apoio da Prefeitura. Foram 14 edições que incluíram mostras de vídeo e retrospectivas, proporcionando oportunidades de rever antigas produções como as chanchadas e assistir aos filmes produzidos fora do eixo Rio-São Paulo.

Já a Mostra Rio de Cinema direcionava holofotes para o cinema internacional. Integrante desde 1986 do circuito do FestRio - um dos primeiros festivais de cinema da cidade - o Estação tornou-se uma vitrine de nova produções. Na lacuna deixada pela transferência do FestRio para Fortaleza, em 1988, surgiu a Mostra Banco Nacional de Cinema, marco do marketing cultural brasileiro por ser um dos primeiros eventos a ostentar o nome do seu patrocinador.

A mostra começou pequena, com filmes que já estavam comprados para o Brasil e outros de consulados estrangeiros. Em 1989 foram exibidos 60 filmes, número que pulou para 280 no ano seguinte, com a decisão dos realizadores de correr o mundo em busca de novos títulos. Com o fim do patrocínio, o nome passou a ser Mostra Rio de Cinema, mantendo as características mesmo após a fusão que deu origem ao Festival do Rio, em 1999.

Desde sua criação, o Festival tem crescido em quantidade de filmes e importância como vitrine. A cada ano, coloca a cinematografia de um país em foco: já foram França, Inglaterra, Alemanha e Itália, agora é a vez da África do Sul.

O Festival foi também conquistando outros espaços além do circuito Estação. O Cine Odeon BR, no Centro, foi salvo do abandono e remodelado para virar o Palácio do Festival; a Praia de Copacabana abriga a mostra O Bonequinho Viu; e a cada ano novos parceiros cedem seus auditórios para exibição dos filmes que poucos terão oportunidade de ver depois. Este ano serão 25 salas, além das sete Lonas Culturais da Prefeitura nas Zonas Norte e Oeste, para exibição de cerca de 300 filmes.

Dezenas de convidados internacionais, entre artistas, diretores, produtores, jornalistas e investidores também já passaram pelo Festival, como Costa-Gavras, Roman Polanski, Tom Tykwer, Louis Malle, Carlos Saura, Stephen Frears, Isabelle Huppert, Agnieska Holland, Forest Whitaker, Charlotte Rampling, Samuel L. Jackson, Harvey Keitel, Terence Davies, Moufida Tlatli, Peter Greenaway, John Waters, Todd Solondz, François Ozon e muitos outros.