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Segunda, 13 de agosto de 2007, 07h14 Atualizada às 08h04 Começa 35ª edição do Festival de Cinema de Gramado |
A 35ª edição do Festival de Cinema de Gramado, na Serra Gaúcha, começou neste domingo com pouco alarde e muitas expectativas em torno de sua maior atração: o tapete vermelho. Por ele passam artistas de diferentes portes, todos rodeados de olhares deslumbrados da platéia, que assistia a tudo sem ultrapassar as linhas de contenção que os separavam dos grandes convidados da festa.
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Por conta do caos aéreo, o festival começou um pouco depois do previsto com uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, a Ospa, que apresentou trilhas de filmes clássicos, conhecidas por muitos, mas pouco identificadas pela platéia.
Os primeiros convidados só foram aparecer por volta das 21h, quando se aglomeraram dezenas de fotógrafos e repórteres nos arredores do Palácio dos Festivais, decorado com Kikitos - o "Oscar" do festival. Antes disso, dois palhaços, vestidos no estilo "bobo da corte", animaram as crianças atentas à movimentação, ao mesmo tempo em que arrancavam protestos dos adolescentes, com um artístico número de poesias, malabares e piadas improvisadas.
Os atores Walmor Chagas e Ingra Liberato chegaram alguns minutos antes da exibição de Valsa para Bruno Stein, de Paulo Nascimento, filme que inaugurou a mostra competitiva de longas-metragens. Ao pisar no tapete, ambos cumprimentaram os fãs, munidos de celulares com câmeras, e partiram para a movimentação dentro do palácio, quando o filme foi anunciado.
No salão, o público, a maioria composta de adolescentes, esperava para tirar fotos dos rostos famosos que apareciam por lá. Apesar da reputação do festival, muitas pessoas se acomodaram sentadas nas escadarias e no pequeno lounge em frente do bar minutos antes da exibição.
Paralelamente à agitação do Palácio dos Festivais, acontece também uma feira temática no Centro de eventos da UFRGS, onde as pessoas que não têm acesso aos filmes podem comprar camisetas, revistas, guias e os famosos "kikitos" de chocolate, atração à parte do festival.
Mostra Competitiva
O primeiro longa-metragem concorrente do festival, Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, um documentário de Carlos Prates, mostra o que foi o cinema realizado em Minas Gerais durante a ditadura militar, sempre usando o bom-humor, algo raro em produções do gênero.
Nomes como Andrea Tonacci, Alberto Graça e Joaquim Pedro aparecem aqui como referências da época, misturadas à ficção, que dá todo o tom do filme.
A nostalgia apresentada cita também os rumos que o cinema de Minas seguiu, atualmente representado por nomes de peso como Andarilho, de Cao Guimarães, e suas referências com as produções cariocas entre 60 e 80.
Valsa para Bruno Stein, por sua vez, segue para outros lados, contando a história de um homem (Bruno Stein) que chegou da Alemanha logo após a segunda guerra mundial e vive em conflito com três gerações de sua família, o que faz com que o peso de sua idade caía ainda mais sob suas costas.
A chegada de Gabriel, um novo empregado, muda sua visão do mundo. O medo da morte é transformado na paixão proibida que ele sente por sua nora Valéria e todos os valores morais e religiosos que o sufocam.
Walmor Chagas, aclamado por muitos jovens que gritavam seu nome, disse que apresentar o filme em Gramado é como aclamar o cinema brasileiro. "Estou muito honrado, o cinema brasileiro superou muita coisa e esse festival é aquilo que hoje ele representa", falou.
Ingra Liberato, que vive a intensa Valéria, admitiu que esperava ter diferentes sensações diante da exibição do longa no festival. "Estou muito nervosa, feliz de estar aqui. Eu filmei o longa-metragem em três locações, em um local de muito crescimento."
"Atuar com Walmor Chagas foi maravilhoso, aprendi coisas que vou levar na minha vida inteira como atriz. Esta é a primeira vez que eu participo de Gramado com um filme em competição. Já vim outras vezes, mas não nesta situação", completou.
Gramado em festa
Não é difícil perceber que a cidade de Gramado gira em torno do festival que acontece anualmente. A movimentação das pessoas no centro da cidade é tão intensa, que nem o frio que faz na região os afasta de chegar perto dos atores que passam por ali.
Com hotéis lotados, nesta época do ano a cidade faz referência ao cinema e tudo é temático: desde os pratos e bebidas servidos em restaurantes, como a decoração das ruas, que parecem ganhar ainda mais iluminação e deslumbre do que sua própria arquitetura, projetada nos mínimos detalhes.
A 35ª edição do Festival de Gramado vai mostrar mais três longas-metragens nacionais e seis estrangeiros, entre outros 13 curtas, todos na mostra competitiva. Dentre eles, Saliva, do diretor Esmir Filho, amplamente divulgado pela cidade, parece ser um dos favoritos ao prêmio.
O evento ainda presta homenagem a Eduardo Coutinho, que ganha o Kikito de Cristal, Zezé Motta, prêmio de honra por toda a sua carreira cinematográfica com o Troféu Oscarito e à Casa de Cinema de Porta Alegre, que entre outras menções, representa a força da mostra gaúcha.
Segundo a organização do festival, Gustavo Leão e Sidney Sampaio já estão na cidade para a alegria de suas fãs. A expectativa é que nos próximos dias o frio aumente e mais famosos cheguem ao evento, com a promessa de que os próximos dias serão bastante agitados.