Michael Moore exibe a Palma de Ouro que conquistou com seu documentário Fahrenheit 9/11
Foto: Reuters
Moore leva Palma de Ouro
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O filme de Moore faz críticas ácidas ao presidente George W. Bush, aponta a manipulação da opinião pública depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 e acusa o governo de ter realizado a guerra contra o Iraque por interesses econômicos.
O jornal The New York Times avaliou que "a recompensa de Moore vai muito além do mundo do cinema e dos flashs", destacando que o prêmio foi uma "surpresa".
"Pouco importa o que você pensa sobre Moore, está claro que ele tem munição e que esta provém de várias fontes", opina o jornal, referindo-se aos diversos depoimentos do documentário.
"Claro que Moore foi criterioso em sua escolha (do material), é um homem polêmico e não um jornalista", explica o jornal.
O Los Angeles Times dedicou apenas uma matéria factual ao grande prêmio do cineasta em Cannes, destacando que se trata do primeiro ganho no festival por um documentário em quase 50 anos.
"Uma Palma de Ouro nem sempre influencia na bilheteria, mas neste caso com certeza vai influenciar", acrescenta o veículo, que destaca a chuva de aplausos no anúncio do prêmio em Cannes.
Um jornal do Sul dos Estados Unidos, o Atlanta Journal-Constitution, acrescentou um tom de humor à sua crônica com uma caricatura do secretário de Estado, Colin Powell, vestindo uma camiseta em que está escrito Eu amo Michael Moore.
Sentado diante dele, o presidente Bush e seu vice, Dick Cheney, afirmam que Powell, cujas reservas sobre a linha política do governo alimentam rumores, está outra vez se distanciando da Casa Branca.
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