Documentário anti-Bush de Moore leva Palma de Ouro

Fahrenheit 9/11 foi o filme que mais agradou ao júri presidido pelo cineasta Quentin Tarantino na 57ª edição do mais importante festival de cinema do mundo. A produção foi aplaudida durante vinte minutos após sua projeção na seção oficial da competição.Diários de Motocicletas, do brasileiro Walter Salles, tido como um dos favoritos, não levou nenhum prêmio oficial.

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Moore agradeceu o prêmio e o dedicou a sua filha e a "todos os filhos da América que estão no Iraque e a todos os que sofrem" por causa das ações americanas.

O Prêmio de Melhor Diretor do Festival foi concedido ao francês de origem argelina Tony Gatlif, pelo filme Exilios. A diretora Agnes Jaoui e Jean-Pierre Bacri ganharam o prêmio de melhor roteiro pelo filme francês Comme une Image.

A atriz chinesa Maggie Cheung conquistou o prêmio de Melhor Atriz por seu papel em Clean, do francês Olivier Assayas, e o japonês Yagira Yuya levou o de Melhor Ator por Nobody Knows, do diretor Hirokasu Kore-eda.

A Palma de Ouro de melhor curta-metragem do Festival ficou com Trafic, de Catalin Mitulescu. O Grande Prêmio do Júri do Festival foi concedido ao filme sul-coreano Old boy, de Park Chan-wook.

O Prêmio do Júri de Melhor Atriz foi para a americana Irma P. Hall, por seu papel em The Ladykillers, mas ela não pôde receber o prêmio por estar internada nos EUA, e o fez em seu lugar o cineasta Joel Coen, diretor de The Ladykillers.

Tropical Malady levou o Prêmio do Júri e, ao agradecer, o diretor Apichatpong Weersasethakul destacou que era a primeira vez que um filme tailandês era selecionado no Festival de Cannes.

Fahrenheit 9/11
O filme de Moore, um panfleto contra o governo americano de George W. Bush, denuncia a manipulação da opinião pública após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos para justificar a guerra no Iraque.

Segundo Moore, o governo Bush manipulou a opinião pública para invadir o Iraque e atender aos interesses econômicos de grupos ligados a sua família.

Michael Moore conquistou fama internacional com seu documentário Tiros em Columbine, no qual denunciava o comércio de armas nos Estados Unidos, após o massacre no colégio Columbine.

Moore também dirigiu Roger e eu e The Big One, ambos contra duas grandes multinacionais (General Motors e Nike). Com agências internacionais.