Vinte filmes de treze nacionalidades aspiram este ano à Palma de Ouro do Festival de Cannes, cuja realização contará com duas beldades latinas, a espanhola Penélope Cruz, protagonista do filme da abertura, e a italiana Monica Bellucci, que será a mestre-de-cerimônias do evento.
O Festival, que acontece de 14 a 25 de maio, será inaugurado com a exibição de Fanfan la Tulipe, de Gérard Krawczyk, remake de um clássico do cinema francês, no qual Penélope Cruz e o francês Vincent Perez herdam os papéis que em 1951 foram interpretados por Gina Lollobrigida e Gerard Philipe.
Carandiru, de Hector Babenco, dois filmes argentinos, "Hoy y Mañana", de Alejandro Chomski, e "La cruz del sur", de Pablo Reyero, e o curta-metragem "A janela aberta", do brasileiro Philippe Barcinski, representam o cinema latino-americano na seleção oficial.
Com dez filmes (cinco deles franceses), a Europa é o continente mais representado na seleção oficial, na qual figuram três produções americanas, uma canadense e cinco asiáticas. O cinema africano é mais uma vez o grande ausente na lista.
Mystic River, de Clint Eastwood, Dogville, de Lars von Trier, Pai e filho, de Alexandre Sokurov, Les Egarés, de André Téchiné, Moab story, de Peter Greenaway, Swimming pool, de François Ozon, Akarui Mirai, de Kiyoshi Kurosawa, Il Cuore altrove, de Pupi Avati, e Às cinco da tarde, de Samira Majmalbaf, figuram entre os aspirantes à Palma de Ouro.
Entre os filmes apresentados fora de competição, será apresentado o muito esperado The Matrix: Reloaded, a segunda parte da trilogia Matrix, dirigido por Andy e Larry Wachowski.
E como fecho de ouro, no encerramento será exibido Tempos modernos, de Charles Chaplin, em versão restaurada e digital de alta definição. No que diz respeito ao tradicional desfile de estrelas, o Festival receberá este ano, além das citadas Penélope Cruz e Monica Bellucci, Meg Ryan, que faz parte do júri, Nicole Kidman, Lauren Bacall e Charlotte Rampling, entre outras.
O Festival é dedicado este ano a Fellini, a quem Cannes presta uma homenagem especial, incluindo uma retrospectiva integral. Estão previstas igualmente homenagens a Cocteau, com uma exposição, e à grande atriz francesa Jeanne Moreau.
Hoy y Mañana, de Alejandro Chomski, e La cruz del sur, de Pablo Reyero, são apresentados na seção fora de concurso Un Certain Regard, enquanto o curta-metragem A janela aberta, do brasileiro Philippe Barcinski, figura na seleção oficial.
A Quinzena dos Realizadores conta com dois filmes brasileiros, o longa-metragem Filme de amor, de Julio Bressane, e o curta-metragem Castanho, de Eduardo Valente.
No total, incluindo as diferentes seções paralelas, a seleção oficial do Festival este ano conta com 52 longas-metragens, 40 deles apresentados em première mundial.
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