Sites relacionados
Cinema
Diversão
Gente & TV
Globo de Ouro

  Fale Conosco
Participe e envie suas sugestões aqui!

  Boletim
Receba as novidades em seu e-mail

Oscar 2006
Quinta, 2 de março de 2006, 14h10 
Tragédias do Oriente Médio disputam Oscars
 
 Últimas de Oscar 2006
» Audiência do Oscar na TV cai 10%, segundo dados preliminares
» Orgulho e angústia marcam estréia palestina no Oscar
» Oscar para Capote coroa onda de redescoberta do escritor
» Público gay se sente traído com o Oscar
Busca
Busque outras notícias no Terra:
O caos no Oriente Médio estará na primeira fila do Oscar deste ano. Dois filmes - um sobre homens-bomba palestinos e outro sobre assassinos israelenses - disputam prêmios após serem, ambos, elogiados e criticados pela opinião pública.

Os produtores de Munique e Paradise Now dizem que as indicações representam uma vitória para filmes que pregam o entendimento e a tolerância em uma região que é famosa por não ter nem uma coisa nem outra.

Paradise Now, o primeiro longa palestino a ser indicado a um Oscar, disputa o prêmio de melhor filme estrangeiro, enquanto Munique, dirigido pelo peso-pesado de Hollywood Steven Spielberg, e co-escrito pelo vencedor do Pulitzer Tony Kushner, concorre a cinco Oscars, incluindo o de melhor filme e o de melhor roteiro adaptado.

Em uma entrevista recente, Kushner ainda se recuperava da recepção hostil a Munique, um drama sobre o preço moral pago por agentes israelenses do Mossad que caçam e matam palestinos responsabilizados pelo assassinato de 11 atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972.

Antes mesmo de o filme entrar em cartaz, ele foi criticado por simpatizantes de Israel, que diziam que a obra igualava os atos de terroristas aos das pessoas que os caçavam.

Em Paradise Now, Hany Abu-Assad quis explicar por que jovens palestinos estariam dispostos a se matar e a matar outros nas dezenas de atentados suicidas que espalham destruição no Oriente Médio.

Paradise Now é considerado um dos favoritos na sua categoria, mas nas últimas semanas vem sofrendo fortes críticas de grupos israelenses e de judeus norte-americanos, que acusam o longa de glorificar homens-bomba em vez de explicá-los.

Um grupo de israelenses que perderam seus filhos em atentados suicidas enviou uma petição na quarta-feira, assinada por 32 mil pessoas, para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, pedindo que ela desqualificasse o filme. Isso nunca havia acontecido a um indicado ao Oscar.

Yossi Zur, que teve o filho adolescente morto em um atentado contra um ônibus, disse: "O que eles chamam de 'Paraíso Agora', nós chamamos de 'inferno agora', todo santo dia. O mundo livre tem a missão de não premiar tais filmes."

Mas o presidente do Instituto Árabe-americano James Zogby rejeita tais categorizações e os esforços israelenses de que o filme seja descrito como vindo da Autoridade Palestina em vez de da Palestina.

"O problema aqui é que o pessoal de Israel não está satisfeito em controlar cada aspecto da vida cotidiana palestina, mas quer controlar cada aspecto da manifestação de coisas palestinas no mundo exterior. Eles deveriam deixar as pessoas definirem a si mesmas", disse.
 

Reuters

Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

 
 » Conheça o Terra em outros países Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2012,Terra Networks Brasil S/A   Proibida sua reprodução total ou parcial
  Anuncie  | Assine | Central do Assinate | Clube Terra | Fale com o Terra | Aviso Legal | Política de Privacidade