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O diretor de Paradise Now, produção indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, disse em uma entrevista publicada nesta sexta-feira que um lobby pró-Israel o impediria de ganhar um prêmio.
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O filme, que fala das motivações de homens-bomba palestinos, já faturou um Globo de Ouro de melhor produção estrangeira, o que aumentaria suas chances de vencer o Oscar no domingo.
Israelenses que perderam parentes durante a atual Intifada fizeram pressão contra a indicação de Paraside Now, acusando o filme de glorificar o terrorismo. Alguns críticos de cinema argumentaram que, apesar do tom pró-palestino, a produção não é propaganda política.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não deve tirar Paradise Now de sua lista de indicados, mas o diretor Hany Abu-Assad afirmou que a pressão contra o filme pode ter influenciado o voto dos membros da academia.
"O Oscar é um assunto complexo e eu acredito que, no final, se houver uma decisão apertada, o que vai contar contra mim serão dois ou três conservadores, mesmo se a maioria votar com o coração", Abu-Assad ao maior jornal de Israel, o Yedioth Ahronoth.
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