Sites relacionados
Cinema
Diversão
Gente & TV
Globo de Ouro

  Fale Conosco
Participe e envie suas sugestões aqui!

  Boletim
Receba as novidades em seu e-mail

Oscar 2006
Sexta, 3 de março de 2006, 21h13 
Jon Stewart promete não estragar festa do Oscar
 
Steve Gorman
 
 Últimas de Oscar 2006
» Audiência do Oscar na TV cai 10%, segundo dados preliminares
» Orgulho e angústia marcam estréia palestina no Oscar
» Oscar para Capote coroa onda de redescoberta do escritor
» Público gay se sente traído com o Oscar
Busca
Busque outras notícias no Terra:
Ele é o humorista mais irreverente dos Estados Unidos, e foi escolhido como mestre de cerimônias do evento mais pomposo de Hollywood. Mas Jon Stewart sabe que não ousará estragar a festa do Oscar.

Embora tenha feito carreira destruindo os políticos e a imprensa na bancada do seu falso noticiário pela TV paga, Stewart diz sentir uma empatia genuína pela elite da indústria cinematográfica, seu público mais imediato na sua estréia como apresentador da festa, no domingo. "Não vou chegar lá tentando explodir o lugar", disse Stewart nesta semana ao programa Larry King Live, da CNN. "A pressão que sinto é pelo pessoal que foi indicado, é o grande dia deles, e ninguém quer que a gente estrague seu casamento."

Isso não significa que a pompa e a importância que Hollywood dá a si estarão a salvo do monólogo de abertura do apresentador.

Questionado pela apresentadora Oprah Winfrey, o âncora do programa The Daily Show with Jon Stewart pareceu modesto¿ de início.

"Se eu tivesse uma carreira cinematográfica, poderia me preocupar com isso. Mas o que eles podem fazer com um cara que está no canal a cabo mais básico? Podem me chutar para as galerias?"

Aí veio a ironia, em cima de um ator que jogou um telefone sobre um funcionário de hotel. "Honestamente, se Russell Crowe ficar maluco comigo, não é como se eu trabalhasse no hotel em que ele está hospedado."

Apesar dessa aparente despreocupação, Stewart, 43, sabe que será visto por centenas de milhões de pessoas pelo mundo, o que torna a festa do Oscar, de longe, o maior show da sua vida.

Só ser convocado para a tarefa, uma das mais prestigiosas de Hollywood, já fez Stewart deixar de ser um ídolo cult para se tornar um artista francamente popular.

Embora seu programa de final de noite seja visto em média por apenas 1,4 milhão de pessoas, Stewart e o seu falso telejornal se tornaram desproporcionalmente importantes na política e na cultura dos EUA. Jovens adultos, o público prioritário para os organizadores do Oscar, são os seus fãs mais ardorosos.

Gil Cates, produtor do Oscar, certamente levou isso em conta ao contratar Stewart, mas nega qualquer relação entre a sátira política que ele faz e o subtexto politicamente liberal e social de vários filmes na disputa deste ano.

Stewart já misturou Oscar e política nos talk shows de que participou nesta semana. Comentou, por exemplo, a polêmica em torno da transferência do controle de seis importantes portos dos EUA para uma estatal árabe.

"É muito diferente este ano, porque a Pricewaterhouse (que faz a auditoria dos votos do Oscar) foi comprada por uma empresa de Dubai, então a segurança do Oscar deste ano estará a cargo de uma empresa árabe", brincou ele no "Larry King Live."

Com esse perfil, nem todos estão convencidos de que Stewart seja o mestre de cerimônias ideal.

Tom O'Neill, "palpiteiro" profissional do Oscar, o considera "irremediavelmente mal escalado", pois seu humor político pode lhe colocar na companhia de Chris Rock e David Letterman, dois artistas cuja passagem pelo palco da festa tiveram má repercussão.

"Não se pode brincar com a importância do evento. Não é o MTV Music Vídeo Awards", disse O'Neil. "Esperamos que o apresentador do Oscar seja um tio ou tia querido ali no cenário, fazendo-se de animador em uma reunião familiar."

Os melhores apresentadores do Oscar, na opinião dele, foram "graciosos íntimos de Hollywood," como Bob Hope, Jonhnny Carson, Billy Cristal e Steve Martin.

Do ponto de vista comercial, porém, o sucesso do Oscar provavelmente depende menos de apresentador do que dos filmes na disputa. A audiência de TV tende a ser maior nos anos em que os indicados são filmes que lotam as grandes salas.

Em 1998, 55,2 milhões de norte-americanos viram a colheita de estatuetas de Titanic, sob a apresentação de Crystal. Ele também havia sido o mestre de cerimônias no ano anterior, quando apenas 40 milhões estavam interessados em ver "O Paciente Inglês" ser escolhido o melhor filme.

Nenhum dos cinco filmes indicados ao prêmio principal neste ano teve bilheteria estrondosa, embora haja grande agitação em torno da possibilidade de O Segredo de Brokeback Mountain tornar-se o primeiro filme assumidamente homossexual a ganhar.

Se isso acontecer, talvez o apresentador do Oscar não resista a uma ou duas piadas sobre caubóis gays.
 

Reuters

Reuters Limited - todos os direitos reservados. Clique aqui para limitações e restrições ao uso.

 
 » Conheça o Terra em outros países Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2012,Terra Networks Brasil S/A   Proibida sua reprodução total ou parcial
  Anuncie  | Assine | Central do Assinate | Clube Terra | Fale com o Terra | Aviso Legal | Política de Privacidade