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Oscar 2006
Domingo, 5 de março de 2006, 15h34 
Israel protesta contra indicação de "Paradise Now"
 
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A indicação de Paradise Now ao Oscar, filme que retrata a história de dois amigos palestinos que são convocados a serem homens-bomba num atentado, tem provocado protestos em Israel.

Confira lista dos indicados
Assista a traillers dos indicados

Paradise Now, que compete com outros quatro filmes ao Oscar de melhor filme estrangeiro, é apresentado no site oficial da Academia de Hollywood como a candidatura da Palestina, um país cuja independência foi proclamada pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em 1988, na Argélia, mas que ainda não foi reconhecido pela maior parte da comunidade internacional.

O rótulo provocou o protesto de judeus em Israel e nos Estados Unidos que são contra, também, a indicação de um filme que humaniza os homens-bomba palestinos.

Os protagonistas são dois palestinos, Said e Khaled, que são recrutados por uma facção armada palestina para um atentado suicida em Tel Aviv, e a história se passa nas 27 horas restantes de suas vidas, nas quais se preparam para o ataque e se despedem de sua família e amigos.

Trata-se de uma obra cinematográfica filmada na cidade cisjordaniana de Nablus, com um diretor, Hani Abu Assad, e atores de origem árabe-israelense, uma equipe palestina, produzida por um judeu israelense com financiamento privado europeu.

Paradise Now já ganhou vários prêmios, entre eles, o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro, o Anjo Azul do Festival de Cinema de Berlim, e outro da Anistia Internacional.

O Projeto de Israel, organização independente que busca defender a imagem do país no mundo, já reuniu as assinaturas de 32 mil pessoas que exigem a exclusão de Paradise Now da lista de indicados ao Oscar.

Segundo o grupo, a nomeação do filme representa a glorificação dos suicidas palestinos que mataram centenas de israelenses durante os últimos cinco anos e meio de conflitos.

As principais redes de cinemas israelenses se negaram a exibir o filme, com o argumento de que um filme que apresenta um olhar compreensivo sobre os suicidas palestinos não renderia bilheteria.

Entre os palestinos, o filme foi bem recebido, embora também tenha sido criticado por insinuar que um dos palestinos decide se transformar em suicida por pressões sociais.

Enquanto que o "Palestina" permanece no site, um porta-voz da Academia já especificou que essa noite o filme será apresentado como uma nomeação da "Autoridade Palestina", como de fato fizeram ao anunciar as indicações.

Apesar dos protestos na ocasião, não é a primeira vez que o termo "Palestina" é usado num contexto oficial.

A Palestina estava nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, e em setembro de 2005, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, falou do conflito "entre Israel e Palestina" num discurso no Conselho de Segurança da ONU.

No entanto, os palestinos nunca tiveram um Estado independente, e quando falam da Palestina se referem ao território controlado pelo Reino Unido durante trinta anos a partir do fim do I Guerra Mundial em 1918.

Trata-se de uma área de 26.320 quilômetros quadrados administrada desde 1517 pelo Império Otomano, como parte da província da Síria.

A terminologia foi desde o começo do conflito palestino-israelense um dos campos de batalha nos quais ambas as partes tentam ganhar pontos para sua causa.

Alguns preferem falar "entidade sionista" no lugar de "Israel", ou de "Tel al Raiva", a tradução para o árabe de Tel Aviv. Outros, em referência a Gaza e Cisjordânia, escolhem a frase "territórios disputados" ou diretamente "Judéia e Samaria", em vez de "territórios ocupados".

Os israelenses também decidiram protagonizar uma campanha de protestos contra outro filme indicado ao Oscar, Munique, de Steven Spielberg, que retrata a busca e o assassinato pelos serviços secretos israelenses dos palestinos que seqüestraram a equipe israelense nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, que acabou na morte de onze atletas.
 

EFE

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